Alunas da USP de Ribeirão Preto acusam professor de assédio sexual

Autor: Salomão Rodrigues

Fonte:

10/03/2025

Um professor do departamento de química da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (USP), foi afastado por 180 dias após denúncias de assédio contra alunas. O docente, identificado como José Maurício Rosolen, é alvo de um processo administrativo disciplinar instaurado pela universidade após uma apuração preliminar.

Duas vítimas relataram que entre os alunos existia um “acordo tácito” para nenhuma mulher ficar sozinha com o professor, principalmente no laboratório onde trabalhavam. Elas afirmam que Rosolen tinha o hábito de tocar em locais inapropriados e fazer convites inadequados, como ir à academia juntos ou dividir o quarto em viagens.

Segundo os relatos, quando as alunas recusavam essas investidas, o professor mudava de comportamento e cometia assédio moral, ameaçando prejudicar as estudantes, incluindo a possibilidade de cortar bolsas de estudo.

Uma terceira denunciante informou que uma lista com o nome de 16 mulheres que acusam o professor de assédio foi entregue à comissão responsável pelo processo administrativo. Ainda não se sabe quantas dessas vítimas foram ouvidas na investigação conduzida pela USP.

A universidade não divulgou mais detalhes sobre o andamento do caso, mas afirmou que seguirá apurando as denúncias e tomando as providências cabíveis.