Suspeitos participam da reconstituição do crime que matou Beto Braga

Autor: Salomão Rodrigues

Fonte:

02/02/2024

Na manhã desta sexta-feira, 2, a Polícia Civil através do Grupo de Operações Especiais (GOE) de Ribeirão Preto conduziu os dois suspeitos presos pelo envolvimento na morte do engenheiro Beto Braga para reconstituição na cena do crime.

Marcelo Fernandes da Fonseca e Gabriel Souza Brito, foram levados até o apartamento na Vila Amélia, zona oeste da cidade, onde o crime ocorreu depois que a versão dos fatos apresentadas por ambos em depoimentos se divergiram totalmente ao mesmo tempo, em que ambos alegaram inocência.

Marcelo confirmou, na sexta-feira, 26, que teria levado o celular, um par de tênis e cartões de Beto Braga após o crime e teria repassado para um homem identificado como Thiago que, após o contato da polícia, se prontificou a devolver o aparelho e se apresentar na delegacia.

Isso deveria ocorrer ainda na sexta-feira, no entanto, Thiago ainda não se apresentou.

Durante a reconstituição, que durou quase três horas, Marcelo mudou a versão de seu depoimento inicial e disse ter amarrado os pés de Beto Braga e depois apertou o pescoço de Beto Braga utilizando uma camiseta.

Já na vez de Gabriel na reconstituição, o mesmo disse ter aplicado uma gravata no engenheiro até ele perder os sentidos enquanto Marcelo amarrou os pés da vítima.

Agora os investigadores aguardam o laudo da perícia para confrontar com as informações que os suspeitos forneceram durante a reconstituição crime.

Os advogados de ambos os suspeitos estranharam a nova versão dada por eles, já que em um primeiro momento ambos culpavam ao outro e se diziam inocentes. Agora, pelo que foi dito na reconstituição, ambos parecem assumir a culpa.

Wagner Simões, advogado de Gabriel, chegou a dizer que suspeita que seu cliente está sendo ameaçado por Marcelo.

Paulo de Araujo Braz, advogado de Marcelo, também estranhou a versão apresentada por ele e disse necessário novas averiguações.

Vale lembrar também que, enquanto os suspeitos aguardavam na delegacia, deram entrevista dizendo que a morte do engenheiro foi um acidente.

Segundo Marcelo, Beto teria contratado os suspeitos para um programa sexual no qual ele desejava ser, segundo ele, 'domado', e que talvez devido ao uso das drogas ele teria morrido, mas que não houve tentativa de assassinato e sim uma fatalidade. Na ocasião ele chegou até mesmo pedir desculpas à família da vítima.

 

Foto: Reprodução/Redes Sociais