A Justiça do Estado de São Paulo condenou o motorista Guilherme Macedo, acusado de atropelar e matar um motociclista morador de Franca (SP), na rodovia Anhanguera, em Ribeirão Preto (SP), em março de 2020. O réu, condenado por homicídio e lesão corporal culposa, e fuga do local do acidente, terá que cumprir três anos de prisão em regime aberto, além de estar proibido de dirigir por dois anos e oito meses.
Foto: Redes Sociais
A vítima, Edson Cultri Rocha, tinha 31 anos. A namorada dele, Patrícia Borges, estava na garupa. No dia do acidente, o casal seguia para Franca, onde iriam participar de um batizado, quando foram atingidos na traseira pelo carro que era dirigido por Guilherme. Com o impacto, a moto ficou presa na parte da frente do carro. Edson caiu na pista e foi atropelado por um segundo veículo. Ele morreu no local. Já a namorada, sobreviveu, porém, ficou com algumas sequelas. O motorista fugiu sem prestar socorro às vítimas.
Guilherme e um amigo haviam saído de uma festa em Ribeirão Preto e seguiam para Nuporanga (SP). A suspeita é que ele havia ingerido bebida alcoólica e por isso fugiu do local do acidente, deixando o amigo para trás.
O passageiro, em depoimento à polícia, disse que estava dormindo no banco de carona quando ouviu o barulho da batida, e que Guilherme desceu um barranco dizendo que ia telefonar para o pai, que é ex-vereador de Nuporanga, e fugiu. Também relatou que não viu se o motorista havia bebido na festa, porque estava na companhia de outros amigos.
Guilherme ficou mais de dois anos sem ser ouvido pela Justiça, e sequer foi preso. Após ser indiciado, ele prestou depoimento e disse que não lembrava de quase nada, apenas que sofreu um apagão. Para a juíza, o motorista acusado negou que ingeriu bebida alcoólica.
Em setembro de 2023, houve uma audiência do caso, porém, foi adiada por falta de testemunhas, portanto só agora, em janeiro de 2024, a Justiça proferiu a sentença. O advogado do motorista não foi encontrado para comentar o assunto.
O Ministério Público e a acusação entraram com recurso pedindo aumento da pena e também que seja considerado homicídio doloso, pois, segundo o advogado da vítima, o motorista sabia do risco que estava correndo ao assumir a direção após sair de uma festa, onde supostamente ele teria se embriagado.