A trajetória do Corinthians de Vítor Pereira já teve alguns momentos marcantes nestes quase 40 jogos, como a classificação diante do Boca Juniors nas oitavas de final da Libertadores, mas talvez esse atual momento seja realmente um marco de novos rumos na temporada.
É significativo que ele venha com uma virada literal, contra o Atlético-MG, neste domingo (24), no Mineirão. A primeira das viradas de um time que chegou a dez vitórias em 19 rodadas de Campeonato Brasileiro.
Neste duelo direto pela vice-liderança do Campeonato Brasileiro, o Corinthians venceu o Atlético-MG, de virada, por 2 a 1, em jogo com enorme reviravolta. O Galo vencia a partida até os 34 minutos do segundo tempo, com golaço de Keno. Porém, em seis minutos, Fábio Santos virou para o Timão. Com o resultado, o Corinthians assumiu a vice-liderança com 35 pontos. O Galo, por outro lado, é o quarto com 32.
O Atlético volta a campo no próximo domingo (30), contra o Internacional, às 16h (de Brasília), no Beira-Rio, pela abertura do returno. Já o Corinthians joga pela Copa do Brasil, na quarta-feira (28), contra o Atlético-GO fora de casa.
O Corinthians se mantém na segunda posição na tabela, a quatro pontos do líder Palmeiras e prestes a disputar as quartas de final da Copa do Brasil, diante do Atlético-GO, e também da Libertadores, diante do Flamengo.
O Timão vive várias transformações dentro do seu elenco e aponta sinais de que há boas coisas para serem colhidas daqui para frente. A caminhada até aqui foi árdua, mas a tendência é de que o time ganhe muito em qualidade com a consolidação dos retornos de Fagner, Willian e Maycon, também com a entrada na equipe de Balbuena, a chegada de Fausto Vera e, em breve, a volta de Renato Augusto. No meio de uma temporada, está nascendo aí um novo Corinthians.
Diante do Atlético-MG, Vítor Pereira apostou no 4-3-3 com um meio-campo com Du Queiroz, Maycon e Giuliano. Mas o meia mais ofensivo não vive boa fase e não rendeu bem.
Assim, no intervalo, o meia foi substituído e o time voltou a ter um ataque móvel com Róger Guedes e Yuri Alberto, como no jogo contra o Coritiba. Um 4-4-2 um pouco mais tipificado.
Trata-se de uma ideia que deixa o time mais móvel e mais perigoso em termos de finalização. Em Belo Horizonte, a dupla só ficou junta por 20 minutos, já que depois o técnico fez outras trocas, apostando em Mosquito e Roni para ganhar juventude e fôlego.
Vítor Pereira já disse que o Timão não tem fôlego para brigar pelo título das três competições. Basta olhar os concorrentes e entender o grau de dificuldade de um desafio deste tamanho.
Mas, com reforços e retornos do departamento médico, é possível acreditar que esse time possa de fato brigar por ao menos um deles numa temporada tão complexa. Seria uma virada e tanto.
Foto: Alessandra Torres/AGIF