Os bancários protestaram na tarde de terça-feira (24), na Avenida Paulista, região central da capital. Após concentração no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), os cerca de 200 manifestantes, segundo a Polícia Militar, saíram em passeata pela avenida em direção à Rua da Consolação.
De acordo com a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira, o local foi escolhido por concentrar grandes edifícios dos maiores bancos. "Aqui é um centro administrativo importante. Aqui, na Paulista, temos em torno de 10 mil trabalhadores em greve", disse sobre a paralisação que começou na semana passada e mobiliza cerca de 29 mil bancários.
Juvandia disse que desde o início da greve não houve nenhuma tentativa de negociação por parte das instituições financeiras. "Os bancos continuam em silêncio", ao acrescentar que a mobilização afeta diversas áreas das instituições, como os setores ligados ao mercado de câmbio e importações e de atendimento ao público.
Por meio de nota, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) disse que não há nenhuma negociação marcada com a categoria e que ainda aguarda a posição do sindicato em relação a última proposta dos bancos. "A entidade aguarda posição do sindicado sobre a proposta global contendo reajuste salarial de 6,1%, que corrigirá salários, pisos e benefícios. Será mantida a mesma fórmula de participação nos lucros, com correção dos valores fixos e de tetos em 6,1%".
A presidenta do sindicato contestou o comunicado da Fenaban. "Nós mandamos correspondência para todos os bancos, inclusive para a Fenaban, sobre o resultado da assembleia", disse, citando o encontro em que a categoria rejeitou a proposta patronal e decidiu pela greve. Os bancários reivindicam reajuste de 11,93% (5% de aumento além da inflação do período).
Fonte: Agência Brasil