Em março a inflação acelerou no Brasil e é um índice recorde. No mês passado, a inflação acelerou 1,62%, após alta de 1,01% em fevereiro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta segunda-feira (11) que o resultado de março do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), a inflação oficial, foi uma surpresa para a instituição.
Com o resultado de março, o IPCA acumulou alta de 3,2% no primeiro trimestre de 2022, e, em 12 meses, a inflação acumulada se mantém acima de 2 dígitos: é de 11,3%.
Individualmente, os itens que mais pressionaram a inflação em março, segundo o IBGE, foram gasolina e botijão de gás. Destaque negativo também para as altas registradas em itens importantes da cesta de consumo do brasileiro, como tomate, leite longa vida, óleo de soja e frutas, além da cenoura, que encareceu 166% nos últimos 12 meses.
Além de ser tratada também pela inflação mensal, desde janeiro de 2003 (2,25%), foi a maior taxa para os meses de março desde 1994, antes mesmo da implantação do Plano Real, tudo isso puxado pela alta nos preços dos combustíveis.
O presidente do BC também admitiu que a inflação brasileira está muito elevada. "A realidade é que nossa inflação está muito alta, o núcleo está muito alto". Ele ponderou que a recente queda do dólar ainda não foi totalmente repassada aos preços. Quando isso acontecer, a inflação poderá desacelerar, na visão do presidente do BC.
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