A escritora paulista Lygia Fagundes da Silva Telles, conhecida como "a dama da literatura nacional", faleceu nesta amanhã aos 98 anos. De acordo com Juarez Neto, da Academia Brasileira de Letras (ABL), ela faleceu em casa, de causas naturais.

Integrante da Academia Brasileira de Letras (ABL), desde a década de 80, a autora publicou seu primeiro livro de contos, de nome "Porões e sobrados", em 1938. Lygia era a quarta ocupante da Cadeira nº 16 da ABL na sucessão de Pedro Calmon.

Ganhadora de prêmios como o Jabuti e Camões, em 1977, em plena ditadura, é uma das autoras do manifesto dos intelectuais contra a censura. Autora teve sua carreira incentivada pelos amigos e escritores, Carlos Drummond de Andrade e Erico Verissimo.  

Ela tem obras traduzidas para o alemão, espanhol, francês, inglês, italiano, polonês, sueco, tcheco, português de Portugal, além de adaptações de suas obras para o cinema, teatro e TV.

A autora, que nasceu em São Paulo, em 1923, passou toda a infância em diferentes cidades do interior paulista como Areias, Assis, Apiaí e Sertãozinho. Em Franca, Lygia esteve presente no lançamento da Academia Francana de Letras, em 1996.

Lygia Fagundes Telles nasceu em 19 de abril de 1923, na cidade de São Paulo. Formou-se na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, da Universidade de São Paulo, e atuou como Procuradora do Instituto de Previdência do Estado de São Paulo. Também chegou a ser presidente da Cinemateca Brasileira, fundada por Paulo Emílio Sales Gomes.

Lygia deixa um filho, duas netas e uma bisneta.

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