O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou ontem (18) o bloqueio do aplicativo de mensagens Telegram. O clima antes da decisão era de irritação com a ferramenta. O Telegram já ignorou o TSE duas vezes.
A primeira tentativa de contato foi feita pelo ministro Luís Roberto Barroso em 16 de dezembro de 2021, quando ainda era presidente da Corte, e a segunda carta foi enviada por Edson Fachin em 8 de março deste ano.
Em decisão tomada pelo ministro, determinou que as operadoras de telefonia tirem o aplicativo de suas plataformas. Em caso de descumprimento será aplicada multa diária de R$ 100 mil.
Em fevereiro, Moraes havia determinado que o aplicativo de mensagens fizesse o bloqueio de perfis acusados de disseminar desinformação, no entanto, o STF não conseguiu intimar a representação no Brasil da empresa responsável pelo aplicativo.
As autoridades temem que o Telegram seja palco para a desinformação no país por não buscar implementar meios de barrar a disseminação de informações falsas. Para Moraes, o aplicativo tem demonstrado "total desprezo à Justiça brasileira".
A suspensão do aplicativo de mensagens foi determinada ontem pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. Neste sábado (19) o Advogado-Geral da União, Bruno Bianco Leal, entrou com pedido de medida cautelar ao STF contra a ordem de bloqueio do Telegram.