A estelionatária Lilianne Pessoa da Silva, 31, foi presa na sexta-feira (20) após procurar o Plantão Policial em Franca (SP). Contra ela existia um mandado de prisão expedido pela justiça de Pernambuco.
A mulher que mantém uma distribuidora de peixes no Jardim Guanabara junto com a mãe, a também estelionatária Verônica Pessoa da Silva, 57, teve mais de 8 toneladas de peixes apreendidas pela Vigilância Sanitária na última sexta-feira.
O que propiciou a apreensão, foi o desacordo comercial entre as duas e um empresário francano que, segundo a polícia, investiu mais de R$ 100 mil em equipamentos na distribuidora. Vendo que havia se tornado mais uma vítima das golpistas, o empresário contratou um chaveiro e entrou na distribuidora para pegar os pescados, visando assim amenizar o seu prejuízo.
Enquanto parte dos peixes era colocada num caminhão, fiscais da Vigilância Sanitária e a Polícia Militar chegaram, acionados por mãe e filha. O fato dos pescados estarem sendo colocados em caminhão impróprio para o transporte, toda a carga foi apreendida e descartada no aterro sanitário.
O empresário procurou a delegacia para registrar outro boletim de ocorrência de estelionato. Outras duas vítimas do estado do Amazonas também estiveram em Franca para tentar receber a quantia de R$ 128 mil que as duas devem referente a compra de peixes. Assim como o empresário, eles também procuraram a polícia.
Ouça a entrevista do amazonense ao repórter Marcos de Paula:
No período noturno, Lilianne e a mãe foram até o Plantão Policial para denunciar o empresário. Ao entregar o documento para o registro da ocorrência, Lilianne recebeu voz de prisão. Ela era procurada pela polícia de Pernambuco pelo crime de estelionato.
Reincidentes
As duas já foram presas em outubro de 2017, acusadas de aplicar golpes em Belém do Pará que ultrapassavam R$ 300 mil. Na época, Neyvaldo Silva, delegado responsável pelas investigações, disse que pelo menos 5 vítimas procuraram a polícia da Pará para denunciar as duas.
O delegado soube que elas estavam em Franca e veio com uma equipe no intuito de prender as golpistas. Com o apoio dos investigadores da DIG, comandados pelo delegado Marcio Murari, os policiais encontraram as duas em uma chácara as margens da Rodovia Nestor Ferreira, que liga Franca à Ribeirão Corrente.
A proprietária da chácara onde as duas estavam, é uma empresária do ramo de calçados e procurou a polícia após suas prisões. Ela contou que fez um investimento de mais de R$ 200 mil e foi enganada pelas golpistas.
Estima-se que outras pessoas possam ter sido vítimas de estelionato em Franca.
Veja: