Um crime bárbaro que afetou famílias e deixou marcas que jamais serão apagadas. Denny de Queiroz Pires, hoje com 38 anos foi condenado pelo crime contra Ana Cláudia Abib, de 40 anos morta e esquartejada pelo pintor.
O crime aconteceu em novembro de 2016, no Jardim Guanabara, em Franca (SP). A vítima teve as partes do corpo colocadas em um saco plástico e que foram dispensadas em uma mata na Avenida das Seringueiras e também na área rural conhecida como Chave da Taquara, entre Cristais Paulista (SP) e Pedregulho (SP).
O assassino foi preso pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) um mês depois. Desde a prisão, a vida para a família do pintor teve novos rumos e agora até mesmo a própria mãe de Denny prefere que o filho continue pagando pelo o que ele fez. “Todo mundo sabe que ele não só matou, houve o esquartejamento e o que eu pedi aos advogados foi que lutassem pela defesa dele, mas não pela liberdade, pois meu filho ainda não está preparado para vir para a rua” disse Denise Queiroz, logo após a sentença da Justiça que condenou o filho dela a 9 anos e 2 meses de prisão em regime fechado, nesta quinta-feira (3).
Mãe de cinco filhos, a costureira ainda revelou os momentos em que tem passado desde o crime e que ficou surpresa com a pena dada pela Justiça. “Esperava até mais de 15 anos, devido à gravidade... Eu vou recorrer para pedir para que ele possa cumprir a pena numa clínica, porque cadeia nunca curou ninguém”, ressaltou a mãe.
Após quase 7 horas de julgamento, o assassino foi condenado por homicídio duplamente qualificado, emprego de meio cruel e recursos que dificultaram a defesa da vítima, além de ocultação de cadáver.
Veja abaixo:
Uma das irmãs de Denny, não conteve a emoção ao falar da sentença e da família. “A sociedade com o passar do tempo às vezes esquece, mas a família não. Tem as visitas no presídio, cartas, então vai ser constante. Uma sequela que vai ficar para o resto da vida”, disse Monique Queiroz que segurou as lágrimas ao falar da situação do pai após cometido pelo irmão. “O meu pai nem esteve aqui, porque não suporta. Hoje ele só anda... Não fala mais coisa com coisa, deve tá pesando uns 36 quilos, então eu não tenho mais pai, ele acabou”.
Ainda sobre a pena aplicada, a mãe disse que o filho acreditava em uma pena muito maior. “Acho que ele está se sentindo aliviado. Ele falou para mim, na última vez que achava que fosse pegar de 20 a 30 anos. Então, acho que até para ele foi uma surpresa”, completou a costureira.
Mesmo com a comoção causada pela brutalidade do assassinato, os familiares de Ana Cláudia não quiseram se manifestar sobre o caso. O Promotor de Justiça, Odilon Comodaro analisou o resultado do julgamento e disse ser uma pena considerável.
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