Nasceu na Santa Casa, o primeiro bebê de 2018, em Franca (SP). À 1h18 do dia 1º de janeiro na maternidade do hospital, Lorenzo Araújo de Freitas chegou com 2,530 quilos e medindo 49 centímetros.
A mãe, Juliana Araújo Anselmo teve um parto de 36 semanas, dando à luz ao menino que está saudável, sendo amamentado normalmente, conforme informou a Santa Casa.
Já no hospital Unimed São Joaquim, o primeiro bebê foi uma menina. A mãe Taisa deu à luz a pequena Isabella que nasceu às 9h07.
No Hospital Regional o primeiro bebê é de uma família de Rifaina (SP). Lucas Gonçalves nasceu às 13h35, pesando 3,400 quilos e medindo 50 centímetros.
Lucas é o terceiro filho de Laura Vieira, mãe dos meninos Júnior e Leonardo.
Bebês pelo mundo
Quase 386 mil bebês. Esse é número de nascimentos em todo o mundo no primeiro dia de 2018, disse ontem o UNICEF. Em todo o mundo, estima-se que mais da metade desses nascimentos ocorrerá em nove países:
Enquanto muitos bebês sobreviverão, alguns não passarão de seu primeiro dia de vida. Em 2016, cerca de 2,6 mil crianças morreram nas primeiras 24 horas após o nascimento, em todos os dias do ano. Para quase 2 milhões de recém-nascidos, sua primeira semana também foi sua última. Ao todo, 2,6 milhões de crianças morreram antes do final do primeiro mês. Mais de 80% de todas as mortes de recém-nascidos são em decorrência de causas que poderiam ter sido prevenidas e tratadas, como parto prematuro, complicações durante o parto e infecções como septicemia e pneumonia.
O Brasil é uma das nações que têm se destacado por reduzir a mortalidade infantil e na infância. A taxa de mortalidade de crianças menores de 1 ano foi reduzida em mais de 25% de 2005 a 2015. No entanto, em 2015, mais de 37,5 mil crianças morreram antes de completar seu primeiro aniversário – na maioria das vezes por causas que poderiam ter sido evitadas, relacionadas ao acesso e baixa qualidade do pré-natal, à assistência ao parto e ao cuidado neonatal. E as maiores vítimas da mortalidade infantil no País são as crianças indígenas. Elas têm mais que o dobro de chance de morrer antes de completar 1 ano do que as outras crianças brasileiras.
"Para 2018, a resolução de Ano Novo do UNICEF é ajudar a dar para cada criança mais do que uma hora, mais do que um dia, mais do que um mês – e sim uma vida longa, plena de direitos e oportunidades", afirmou Jane Santos, especialista em Saúde e HIV do UNICEF no Brasil. "Pedimos aos governos e parceiros que se juntem à luta para salvar a vida de milhões de crianças, fornecendo soluções comprovadas e de baixo custo. É preciso priorizar a formação continuada dos profissionais, sobretudo das áreas de saúde, educação e assistência social".
Nas últimas duas décadas, o mundo viu avanços sem precedentes no combate à mortalidade infantil, reduzindo para a metade o número de crianças em todo o mundo que morrem antes do quinto aniversário para 5,6 milhões em 2016. Mas, apesar desses avanços, os progressos para os recém-nascidos foram mais lentos. Os bebês que morrem no primeiro mês representam 46% de todas as mortes entre crianças com menos de 5 anos de idade.
No próximo mês, o UNICEF lançará Every Child Alive (Toda Criança Viva), uma campanha global para exigir e oferecer soluções de cuidados com a saúde, acessíveis e de qualidade para cada mãe e recém-nascido. Esses incluem um fornecimento constante de água potável e eletricidade nas instalações de saúde, a presença de um atendente de saúde hábil durante o parto, desinfecção do cordão umbilical, amamentação na primeira hora após o nascimento e contato pele a pele entre a mãe e a criança.
De acordo com as estatísticas de expectativa de vida, estamos entrando na era em que todos os recém-nascidos do mundo deveriam ter a oportunidade de ver o século 22. Entretanto, quase metade das crianças que nascerem neste ano, provavelmente, não sobreviverá. A expectativa de vida de uma criança nascida na Suécia em janeiro de 2018 atingirá 2101, enquanto, uma criança da Somália provavelmente não viverá além de 2075.