Levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo aponta que no ano passado, em média, 14 pacientes foram internados por hora por pneumonia, nos leitos do SUS (Sistema Único de Saúde) do Estado.
Balanços anteriores mostram que houve queda de 7% no número total de casos nos últimos três anos. Mesmo assim, 129.043 pessoas foram internadas no ano passado vítimas de pneumonia.
"Este número é muito alto e chama atenção porque a pneumonia normalmente vem de um processo infeccioso viral, que pode ser prevenido", afirma o médico-infectologista David Uip, diretor do Instituto Emílio Ribas.
Segundo ele, a pneumonia é um quadro de infecção no pulmão que pode ser causado por bactérias, vírus, helmintos ou até mesmo fungos.
Os sintomas são vários como dor no tórax, dificuldade para respirar, diarreia, vômito, fadiga, mas tosses, espirros e a febre alta são os principais sinais de alertas.
"Se tossir e espirrar e não melhorar em 24 horas, procure um médico. Se não tossir e espirrar, mas tiver febre alta, procure um médico. Ninguém deve se arriscar", diz Uip.
Vacinação
Desde 2010, a vacina pneumocócica 10-valente faz parte do calendário de imunização do SUS (Sistema Único de Saúde) e está disponível, gratuitamente, nos postos de saúde para crianças de dois meses a um ano e 11 meses de idade.
Além de imunizar as crianças contra determinados sorotipos de pneumocos, causadores de alguns tipos de pneumonias, a vacina pneumocócica 10-valente também protege contra otites agudas e outras infecções respiratórias, como meningites.
Outra proteção oferecida no calendário de imunização e que também auxilia na prevenção à pneumonia é a vacina contra a gripe, oferecida por meio de campanhas anuais de imunização em massa.
"Voltada para idosos, gestantes, crianças menores de dois anos, portadores de doenças crônicas e puérpuras a vacina contra a influenza diminui a incidência de gripes, que são as portas de entrada para pneumonias, e também contribuem para diminuir a ocorrência de pneumonias bacterianas", afirma o médico-infectologista.
1) Mudanças climáticas por si só não causam pneumonia. No entanto, a aglomeração de pessoas em locais fechados durante os períodos mais frios aumentam o risco contaminação por vírus. Evite estes locais ou tente melhorar a circulação de ar deles;
2) Mantenha o ar condicionado higienizado e se atente a isso nos locais onde costuma frequentar. Existe um tipo específico de pneumonia que pode ser causado pela má conservação dos equipamentos (legionelose);
3) Tome a vacina da gripe e, se possível, a de prevenção ao Haemóphilus Influenza e à Pneumococo;
4) Pessoas com baixa imunidade (transplantados, pacientes de AIDS ou oncologia, cardíacos, reumáticos, crianças e idosos) devem, obrigatoriamente, tomar estas vacinas.
5) Fumantes têm grandes chances de desenvolver pneumonia. A única forma de prevenção neste caso é o abandono completo do vício;