Quase 150 empresas industriais de Pequim limitaram ou suspenderam a produção desde sexta-feira (21), no âmbito das medidas de emergência adotadas pelo governo municipal para reduzir a poluição. No entanto, a atmosfera na cidade continuava hoje (25) "seriamente poluída".
Trinta e seis empresas pararam, 75 reduziram em 30% a emissão de descargas na atmosfera e 36 "limitaram voluntariamente a produção", informou a Comissão Econômica Municipal, que enviou para as ruas 25 equipes de inspeção.
No caso de uma fábrica de cerveja citada pela agência oficial de notícias, o gerente da empresa disse que a produção foi reduzida para cerca de metade, cortando 40% no carvão que alimenta as caldeiras.
O índice de partículas finas PM2.5, as mais suscetíveis de se infiltrarem nos pulmões, estava em 318, muito acima do máximo de 25 microgramas por metro cúbico recomendado pela Organização Mundial da Saúde.
Com 20 milhões de habitantes e uma área equivalente a mais de metade da Bélgica, Pequim encontra-se, desde sexta-feira, sob alerta laranja, o terceiro mais grave de uma escala de quatro. A poluição também é grave na cidade de Tianjin, a 120 quilômetros de Pequim, e na vizinha província de Hebei, cuja economia é dominada por indústrias pesadas.
No nível de alerta laranja, crianças e idosos são aconselhados a não sair de casa e as escolas interrompem as atividades ao ar livre. Na maioria das escolas, mesmo a habitual cerimônia diária de hastear a bandeira, imediatamente antes do início das aulas, foi suspensa, segundo a imprensa oficial.
A persistente poluição de Pequim é uma crescente fonte de insatisfação popular e afeta também o turismo. Em 2013, o número de estrangeiros que visitaram a capital chinesa diminuiu 10%, de acordo com estatísticas da Comissão Municipal de Turismo. O número de residentes que passaram a usar máscaras, como recomendam as autoridades, parece ter aumentado na mesma proporção.
Fonte: Agência Brasil
*Com informações da Agência Lusa