Colômbia oferece mediação entre opositores e governo da Venezuela

Autor: Redação Pop Mundi

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19/02/2014

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, chamou o governo e a oposição na Venezuela ao diálogo e disse estar "disposto" a contribuir com qualquer ação que permita restabelecer a estabilidade no país vizinho. "Estamos preocupados com os últimos acontecimentos. Por isso, faço um chamado à calma, um chamado para estabelecer canais de comunicação entre as diferentes forças políticas", declarou durante  reunião ministerial nessa terça-feira (18).

Essa foi a primeira referência de Santos à situação na Venezuela, desde que os protestos se radicalizaram na semana passada. Ele defendeu, no entanto, os manifestantes contrários ao governo, ao dizer que "todos têm direito a recorrer aos protestos, desde que sem violência".

Em discurso aos trabalhadores do setor petrolífero, durante manifestação, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu ao governo colombiano que não interfira nos negócios internos do seu país.

Para o governo venezuelano, o líder da oposição Leopoldo López, preso nessa terça-feira, recebeu apoio do ex-presidente colombiano Álvaro Uribe e de setores da direita da Colômbia.

No ano passado, os dois governos tiveram uma crise, depois que Santos recebeu o governador de Miranda, Henrique Capriles, no palácio presidencial. A visita do opositor, feita pouco tempo depois das eleições de abril, foi considerada um "ato conspirador" da parte de Santos.

Depois de alguns meses, os dois países retomaram as relações e reforçaram a cooperação comercial. A Colômbia é uma grande fornecedora de produtos básicos e alimentícios para a Venezuela. A crise no setor de alimentos, entretanto, tem favorecido o contrabando de produtos pela vasta fronteira terrestre entre os dois países. Um plano de ação foi criado para solucionar a crise.

Além da ligação comercial, a Venezuela atua como observadora no processo de paz entre o governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). A influência do presidente Hugo Chávez foi considerada decisiva para que as partes pudessem começar o diálogo.

Fonte: Agência Brasil Veja também:

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