A Coreia do Sul respondeu às preocupações dos EUA sobre utilizar a rede de telecomunicação da chinesa Huawei Technologies e irá utilizar uma rede separada para as comunicações mais sensíveis, afirmou uma autoridade dos EUA. A campanha norte-americana contra a chinesa Huawei Technologies na Coreia do Sul foi seguida por um lobby similar na Austrália.
Em encontros com parceiros sul coreanos nos últimos meses, autoridades dos EUA indicaram que Washington avalia a utilização do equipamento da Huawei como um risco. Para eles, o equipamento pode ser utilizado para espionar as comunicações entre os países e comprometer a rede de segurança utilizada pelo exército norte-americano e por oficiais da inteligência na Coreia do Sul, afirmaram autoridades do governo dos EUA.
Para contornar essa preocupação, a Coreia do Sul decidiu alterar o projeto para que as comunicações mais sensíveis do país não passem pelos equipamentos da Huawei, afirmaram membros do governo dos EUA que participaram das negociações. Da mesma forma, o equipamento da Huawei não será utilizado ou conectado nas bases militares norte-americanas na Coreia do Sul.
Membros do governo dos EUA procuraram manter as preocupações em conversas privadas, uma vez que a administração de Barack Obama não quis ser vista como tentando interferir em decisões comerciais de um importante aliado. As fontes também afirmaram que a Coreia do Sul tinha suas próprias preocupações com o equipamento.
As autoridades da Coreia do Sul, incluindo o escritório do presidente, o Ministério da Defesa, o Ministério das Comunicações e a agência nacional de espionagem, se negaram a comentar.
A Huawei negou as acusações feitas pelos EUA e não quis comentar sobre as alterações feitas pela Coreia do Sul. "A Huawei não pode falar por qualquer acordo aparentemente político. No entanto, da perspectiva tecnológica e da integridade da rede, a Huawei pode reafirmar que seus equipamentos são utilizados globalmente, provados e confiáveis, conectando quase um terço da população mundial", disse William Plummer, vice-presidente de assuntos externos da Huawei Technologies.
Fonte: Agência Estado
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