FAO: Brasil é referência mundial no combate à miséria

Autor: Redação Pop Mundi

Fonte:

05/02/2014

O diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), José Graziano da Silva, disse que os avanços brasileiros em políticas sociais e de combate à fome "não passaram desapercebidos para o resto do mundo". "Esse conjunto de políticas mudou o rosto do Brasil. Hoje, é referência mundial no combate à fome e à miséria. E o Brasil não tem se negado à responsabilidade de compartilhar seu conhecimento", disse. Graziano, que é brasileiro, deu as declarações em vídeo enviado para um seminário organizado para marcar os dez anos do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), criado em 2003, por meio do qual a produção de pequenos agricultores é adquirida para a merenda escolar.

Foto: Reprodução / FAO O diretor-geral da ONU para a Alimentação e Agricultura (FAO),  José Graziano da Silva elogiou políticas brasileiras de combate à miséria- Foto: Reprodução / FAO

Representantes de países que usaram a experiência brasileira comentaram a implementação de suas próprias versões do programa. Entre outras iniciativas, o PAA inspirou o Purchase from Africans for Africa (Compre de Africanos para a África), PAA Africa, que reúne a FAO, o Departamento do Reino Unido para o Desenvolvimento Internacional e especialistas brasileiros. O PAA Africa atende a cinco países em caráter experimental: Moçambique, Senegal, Nigéria, Malauí e Etiópia. Além de compras locais para merenda escolar, os agricultores podem vender o excedente ao Programa Mundial de Alimentos (PMA) da FAO.

Segundo o ministro Milton Rondó, coordenador de Ações de Combate à Fome do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, 5.187 agricultores, 125 mil estudantes e 434 escolas são beneficiadas pelo programa na África. "Tem se desenvolvido de forma diferente em cada país, de acordo com suas especificidades. Mas, nos cinco, a FAO organiza os produtores. É bom lembrar que parte da alimentação escolar era feita pelo PMA até o início dos anos 1990. É um salto que os países também podem dar", disse Rondó.

Alexander Wykeham Ellis, embaixador britânico no Brasil e representante do Departamento do Reino Unido para o Desenvolvimento Internacional, afirma que o país investe no PAA Africa porque o programa funciona. "Meu país é capaz de aprender e não só ensinar. Posso ver uma coisa muito bem feita no Brasil e aprender como podemos fazer isso nos outros países", disse.

Segundo Guidione Ezequiel Elias, da Associação Agropecuária Tilimbique, de Moçambique, o programa é útil em questões como a regularização e organização dos produtores, além de estrutura física e qualidade da produção. "Estamos na fase inicial, mas está nos ajudando muito. As associações não estavam bem legalizadas. Para vendermos nossos produtos, também era preciso ter bons armazéns. Construímos celeiros e, no fim de tudo, conseguimos vender o nosso produto de boa qualidade", declarou, em participação no seminário.

Fonte : Agência Brasil

Veja também:

Rússia diz que Síria removerá armas químicas até março

Terremoto de 6,1 na escala Richter atinge Indonésia e Timor Leste