O uso do auxílio-moradia e de apartamentos funcionais também é desregrado nos três poderes. Alguns passam por questionamentos judiciais há anos, ocupados por ex-servidores que deixaram os cargos, mas se recusam a abandonar os imóveis. Funcionários relatam que o benefício tem permitido a muitos apadrinhados fazerem uma poupança robusta. Para recebê-lo basta apresentar um bilhete aéreo mostrando que vem de outra região. No caso de ministros, o auxílio pode chegar a R$ 6,6 mil, o equivalente a 25% do salário.
Políticos podem receber mais auxílio-moradia mais "gordo"/ Foto: reproduçãoAs benesses, uma confusão entre o público e o privado, contrastam com o espírito de servir ao público, que deveria predominar nos três poderes. Quando foi prefeito de Nova York, nos Estados Unidos, Michael Bloomberg deu exemplo. Recebeu apenas US$ 1 por ano de salário, como valor simbólico. Ele usava jatinhos, helicópteros e carros, mas tudo bancado com recursos próprios. Até os almoços e cafés da manhã para a equipe que o assessorava saíam das contas dele. Em 12 anos, foram US$ 890 mil com tais despesas.
Paul Volcker, quando foi nomeado presidente do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, saiu do mercado financeiro e perdeu metade da renda mensal. Alugou uma quitinete em Washington, próxima do trabalho. A mulher dele, que ficou em Nova York, teve de alugar um quarto da casa onde morava para ajudar a fechar as contas. Ainda que sejam casos extremos, reconhecem os especialistas, deveriam servir de alerta para aqueles que sorvem, sem remorsos, o dinheiro dos contribuintes.Fonte: Estado de Minas
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