Indústria gráfica oferece bons salários e investe na formação profissional

Autor: Redação Pop Mundi

Fonte:

19/12/2013

Em 2012, a indústria gráfica empregou 224.644 pessoas. Como referência, ao setor automobilístico contabilizou cerca 132 mil postos no mesmo período. De lá para cá, a variação foi relativamente pequena, mas negativa.

Segundo informações do Departamento de Estudos Econômicos da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf), com base em dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), de janeiro a outubro deste ano, foram fechados 2.797 postos de trabalho, uma retração de -0,3% frente ao mesmo período de 2012.

Considerando apenas a indústria gráfica paulista, que absorve 44% dessa mão de obra, a perda foi de 1.421 vagas (-0,7% ante o mesmo período de 2012). O descolamento deve-se ao fato de que o segmento mais atingido foi o editorial, cuja atividade concentra-se em São Paulo.

Em relação à formação, cerca de 80% dos trabalhadores do setor possuem de ensino fundamental completo a ensino médio completo. Quanto à remuneração, 89% recebem salários entre R$ 1 mil e R$ 7 mil - em São Paulo, predomina a faixa de R$ 2 mil a R$ 4 mil (39%), enquanto, no restante do país, a de R$ 1 mil a R$ 2 mil (47%).

Apesar disso, a indústria gráfica enfrenta dificuldades na hora de contratar. As pequenas e microempresas (96% do setor) são as que mais sofrem, tanto pela dificuldade de proporcionar treinamento quanto pela menor capacidade financeira de atrair talentos. De acordo com apuração da Sondagem da Indústria Gráfica Outubro/Novembro - índice apurado pela Abigraf/SP e Sindigraf/SP, com apoio da Fiesp -, o índice médio de satisfação do setor com a mão de obra é 57, equivalente a regular. Entre as grandes empresas, ele chega a 63,2, e o ponto mais baixo está entre as pequenas (55,6).

No ano, a prática de ministrar treinamentos esteve presente em 100% das grandes empresas (acima de 250 funcionários), em 70,6% das médias (de 20 a 249 funcionários), em 45,2% das pequenas (de 10 a 19 funcionários) e em 26,9% das micro (até nove funcionários).  Em termos de formato, predominaram os cursos e palestras de curta duração e os cursos in company.

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