Caso Maradona: julgamento avança e legistas apontam falhas no atendimento médico

Depoimentos indicam que o ex-jogador sofreu uma longa agonia antes de morrer e que sua internação em hospital poderia ter evitado o desfecho fatal.
28/03/2025 às 13h41
 - Atualizado há 2 dias
Uma foto de close de do jogador Maradona em um evento. A composição da imagem centra-se no rosto e nos ombros do homem. O enquadramento é próximo, destacando os seus traços faciais e expressão. O homem parece estar em uma situação de fala ou entrevista, com foco na sua postura e reação. O tempo da imagem parece capturar um momento específico de seu discurso ou apresentação. O sujeito principal é um homem adulto, com pele de tom médio, cabelo escuro e cortado curto. Ele parece estar usando uma roupa formal, possivelmente um terno escuro. Há brincos visíveis e um laço de gravata amarelo ou dourado. A sua expressão facial é serena, talvez concentrando-se na comunicação com a plateia. O meio artístico é fotográfico, com um foco na captura de um retrato nítido e expressivo. A execução técnica é boa, com pouca distorção ou artefatos visíveis. O estilo é jornalístico, focalizando a imagem e o seu impacto emocional no momento em questão. O cenário é um ambiente de palco ou evento, com um fundo desfocado que indica luzes e possíveis flashes. As luzes suaves e os pontos focais de luz no fundo da imagem são características dos flashs e luzes das plataformas. A atmosfera é profissional, provavelmente capturando um momento de discurso ou entrevista.
📸 Reprodução/Redes Sociais

O julgamento que investiga a morte de Diego Armando Maradona, ídolo do futebol argentino, segue em andamento quase cinco anos após seu falecimento, ocorrido em novembro de 2020. Na última quinta-feira, 27, a sexta audiência do caso contou com o depoimento de Carlos Mauricio Cassinelli, médico legista que participou da autópsia do ex-jogador. O especialista apontou como causa da morte um edema pulmonar agudo com insuficiência cardíaca e cardiomiopatia dilatada.

Cassinelli afirmou que Maradona deveria ter sido tratado em um hospital e não na residência onde veio a óbito, localizada em uma propriedade rural em San Andrés, ao norte de Buenos Aires. O legista revelou que o ex-jogador acumulava quatro litros e meio de água no corpo, sendo dois terços no abdômen, e que seu coração estava com o dobro do tamanho normal. Além disso, destacou que Maradona passou por um período agonizante de 12 horas antes da morte.

Uma cozinha simples com vários utensílios e equipamentos domésticos, e uma mesa com toalha de estampas florais. Há uma máquina de lavar roupa e uma janela visível na imagem.

Outro perito, Federico Corasaniti, reforçou o diagnóstico e explicou que a condição do astro foi se agravando ao longo dos dias, tornando seu falecimento previsível. “O período agonizante é aquele em que, uma vez iniciada a morte, ela é inevitável. Pode ser curto ou longo, dependendo da patologia”, declarou Corasaniti.

Uma cozinha moderna e bem equipada, com armários brancos, eletrodomésticos e uma superfície de trabalho de cor clara.

O julgamento ocorre em San Isidro, Buenos Aires, e tem quase 200 testemunhas convocadas para depor. Entre os réus estão sete profissionais da área médica que cuidaram de Maradona em seus últimos dias de vida: Leopoldo Luque, neurocirurgião; Agustina Cosachov, psiquiatra; Carlos Diaz, psicólogo; Nancy Forlini, coordenadora médica; Mariano Perroni, coordenador de enfermagem; Pedro Pablo Di Spagna, médico; e Ricardo Almiro, enfermeiro. Todos são acusados de negligência médica e podem enfrentar penas de 8 a 25 anos de prisão.

Maradona faleceu durante a recuperação de uma cirurgia cerebral para retirada de um coágulo. A investigação busca esclarecer se houve falhas no atendimento que poderiam ter evitado sua morte. O julgamento deve seguir até julho, com novos depoimentos previstos para as próximas semanas.

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