O Corpo de Bombeiros estima que 90% do interior do Auditório Simón Bolívar, no Memorial da América Latina, foi destruído no incêndio ocorrido na tarde de sexta-feira (29). A corporação só terminou o trabalho de rescaldo no fim da manhã deste sábado (30). A Fundação Memorial afirma que as chances de a tapeçaria de Tomie Ohtake que enfeitavam a lateral do auditório ter escapado é muito pequena.
O incêndio quebrou vidraças, derreteu metais e provocou rachaduras nas paredes. O balanço final dos bombeiros foi de 25 feridos - todos bombeiros que trabalhavam no combate às chamas. Destes, cinco permaneciam internados no Hospital das Clínicas na tarde deste sábado - quatro estavam na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
"Queimou tudo. Só ficou um vazio lá dentro. As cadeiras, o palco, o revestimento das paredes, não sobrou nada", disse o 1.º tenente dos Bombeiros Mauro Brancalhão, um dos agentes que entrou no prédio para combater as chamas.
Até as 14h deste sábado , agentes da Defesa Civil e da Polícia Científica estavam no interior do Simón Bolívar para avaliar as condições de segurança da estrutura e começar os trabalhos de perícia para descobrir as causas do acidente. Só depois da saída deles, os funcionários do Memorial vão entrar no prédio e fazer um inventário do material perdido nas chamas.
Um homem que se identificou como funcionário do Memorial, Francisco de Assis Gomes, de 67 anos, afirmou que plantas originais de Oscar Niemeyer, autor do projeto do Memorial, estavam em uma sala no interior do auditório.
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