Dezenas de milhares de ucranianos foram às ruas neste domingo (01), na capital, Kiev, para se manifestar a favor da entrada do país na União Europeia, apesar de as autoridades terem proibido o protesto. O ministro do interior do país disse que a polícia iria "responder" caso houvesse distúrbios.
"Desordem em massa? A polícia não pode falhar em reagir a isso. Queremos ficar do jeito da Líbia, da Tunísia? Se houver pedidos para desordem em massa, então vamos reagir", disse o ministro Vitaly Zakharchenko à agência Interfax.
No sábado, houve confrontos na Praça da Independência e a polícia reprimiu violentamente os manifestantes, deixando feridos e detidos.
A oposição pró-europeia exigiu a realização de eleições presidenciais e legislativas antecipadas e a demissão do presidente Viktor Yanukovich.
Yanukovich disse neste domingo que fará todo o possível para acelerar o processo de aproximação de seu país da União Europeia, mas ressaltou que a colaboração com o bloco deve ser feita como "parceiros igualitários".
"Farei tudo o que dependa de mim para acelerar o processo de aproximação da Ucrânia com a União Europeia, sem permitir para isso grandes perdas para nossa economia nem a piora das condições de vida de nossos cidadãos" disse Yanukovich, em mensagem à nação pela comemoração do aniversário do referendo de independência da Ucrânia da União Soviética.
Yanukovitch também condenou o uso da força contra manifestantes da oposição, afirmando estar "profundamente indignado com os acontecimentos durante a noite na Praça da Independência".
Fonte: G1