Pediatra acusado de estuprar crianças tem prisão mantida e pode ser transferido para a Paraíba

Autor: Salomão Rodrigues

Fonte:

14/03/2025

O Ministério Público da Paraíba solicitou, nesta sexta-feira, 14, a transferência do pediatra Fernando Paredes Cunha Lima para a Paraíba. Preso em Pernambuco, ele é acusado de estuprar seis crianças durante consultas médicas. O MP também se manifestou contra o pedido da defesa para que o médico cumpra prisão domiciliar.

Fernando Cunha Lima, de 81 anos, foi detido no dia 7 de março em Pernambuco. Após ser apresentado em João Pessoa, foi levado de volta ao estado, onde foi preso para audiência de custódia, realizada no dia 8 de março. Desde então, ele permanece detido no Centro de Observação Criminológica e Triagem (COTEL), na cidade de Abreu e Lima.

As investigações tiveram início em julho de 2024, após a denúncia de uma mãe que presenciou o abuso do filho no consultório do médico. A partir desse relato, outras vítimas surgiram, incluindo uma sobrinha do pediatra, que revelou ter sido abusada por ele em 1991.

O Ministério Público denunciou o acusado por quatro crimes cometidos contra três crianças, uma delas vítima de dois abusos. No entanto, o número de vítimas aumentou, e atualmente, Fernando Cunha Lima responde judicialmente por seis casos.

Mesmo com cinco pedidos de prisão negados ao longo do processo, a Justiça autorizou a detenção do médico em novembro de 2024, após recurso do MP. Ele foi encontrado em Pernambuco, na casa da filha. Na época da prisão, demonstrou confiança de que seria solto rapidamente.

Com a repercussão do caso, sobrinhas do médico também procuraram a polícia para denunciar que foram abusadas por ele na infância. O pediatra, que atuava em uma clínica particular no bairro de Tambauzinho, em João Pessoa, era uma figura conhecida e atendia crianças desde os primeiros meses de vida, conquistando a confiança das famílias.

O MP também solicitou a intimação imediata das partes envolvidas para apresentação das alegações finais, já que a fase de instrução do processo foi concluída em novembro de 2024. A Justiça agora deve decidir se o médico será transferido para a Paraíba, onde ocorrerão os próximos desdobramentos do caso.