O Projeto Estrelinhas, iniciativa da Fundação Espírita Allan Kardec, completou seu primeiro ano de atividades nesta quinta-feira, 23, celebrando resultados expressivos na prevenção e promoção da saúde mental de crianças e adolescentes. Inicialmente planejado para atender cem usuários, o projeto superou expectativas, acolhendo cerca de 200 famílias ao longo do último ano.
A comemoração, realizada na sede da Fundação em Franca, reuniu diretores, profissionais da equipe multiprofissional, familiares, crianças e parceiros. Composto por psicólogos, psicopedagogos, educadores físicos, fonoaudiólogos, assistentes sociais, estagiários e um coordenador, o projeto atende crianças e adolescentes de 6 a 17 anos, além de suas famílias, para fortalecer vínculos e promover o desenvolvimento emocional.
O trabalho do Estrelinhas é dividido em duas frentes principais. A primeira, chamada “Cativar”, atua fora da instituição em parceria com escolas, centros comunitários e órgãos públicos, como CRAS e CREAS, oferecendo palestras, orientações e oficinas de psicoeducação. Já a segunda frente, “Acolher”, ocorre nas dependências da Fundação e oferece psicoterapia, oficinas terapêuticas, atividades recreativas e apoio psicológico tanto para os jovens quanto para suas famílias.
Segundo Mariana Posterare, coordenadora do projeto, as oficinas lúdicas e artísticas têm sido fundamentais no desenvolvimento emocional dos participantes. “Este primeiro ano é de muita luz e alegria pelos relatos positivos e pelas melhorias que vemos no desenvolvimento de nossos atendidos. Temos a certeza de que estamos no caminho certo”, afirmou.
O impacto do Estrelinhas é evidente em histórias como a de Isabelly Vitória, de 11 anos, que participa das oficinas e demonstra entusiasmo com as atividades. “Estou gostando bastante, não deixo meu pai esquecer do dia que tem o Estrelinhas. Aqui é tudo legal, as atividades são bem interativas”, disse a jovem.
Durante a comemoração, Mario Arias Martinez, presidente da Fundação Espírita Allan Kardec, destacou o contexto em que o projeto surgiu, principalmente no cenário pós-pandemia, onde as questões de saúde mental entre crianças e adolescentes se intensificaram. “Hoje não somos um hospital psiquiátrico, mas um Centro de Promoção de Saúde Mental. Percebemos que era essencial dedicar atenção aos pequenos, e agora, um ano depois, vemos o sucesso que o projeto se tornou, trazendo bons resultados para a saúde mental da nossa comunidade”, ressaltou Mario.
A Fundação também apresentou outros serviços oferecidos, como o Hospital Psiquiátrico e o CPSM (Centro de Promoção de Saúde Mental), e reforçou a importância das parcerias, como a colaboração com a Prefeitura de Franca nos CAPSs e Residências Terapêuticas, que permitem a ampliação do alcance das ações voltadas para a saúde mental.