Uma operação em Santa Catarina resultou na prisão da influenciadora digital Ianka Cristini, seu marido Bruno Martins e uma assessora de Ianka, todos acusados de fraudar o Jogo do Tigrinho, um jogo de azar popular entre os seguidores da influenciadora. A ação, denominada Operação Lance Final, foi deflagrada na terça-feira, 14, e incluiu o bloqueio de carros, apartamentos e casas de luxo ligadas aos investigados.
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) cumpriu 15 mandados de busca e apreensão, além de três mandados de prisão preventiva. A Justiça determinou a indisponibilidade dos bens, o que significa que os investigados não podem vender os imóveis e veículos enquanto o processo judicial estiver em andamento. Essa medida visa garantir possíveis indenizações às vítimas ou identificar se os bens foram adquiridos com recursos provenientes de golpes.
A defesa dos acusados informou, por meio de nota, que ainda não teve acesso completo aos detalhes da investigação e se manifestará assim que tiver ciência dos elementos do caso.
Os mandados foram cumpridos em diversas localidades, incluindo os municípios de Brusque e Balneário Camboriú, em Santa Catarina, além de São Paulo, Embu das Artes e João Pessoa. Durante a operação, bolsas de grife e aparelhos eletrônicos foram apreendidos nas residências dos suspeitos. Além disso, a Justiça determinou o bloqueio das redes sociais dos investigados, que acumulam milhões de seguidores, com Ianka Cristini possuindo mais de 15 milhões de fãs em duas de suas contas.
A investigação foi coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), órgão do Ministério Público especializado em crimes complexos. A Secretaria do Estado da Fazenda e a Polícia Científica catarinense também participaram da apuração.
Segundo as autoridades, o esquema criminoso envolvia simulações falsas de grandes lucros com o Jogo do Tigrinho. A fraude consistia em uma versão do jogo que gerava resultados fictícios de ganhos elevados, para incentivar os seguidores a se cadastrarem e realizarem apostas. Os investigados recebiam dinheiro tanto pelos cadastros quanto por uma porcentagem das apostas feitas e perdidas pelos jogadores.
Nas redes sociais, Ianka Cristini se descrevia como uma multimilionária de 28 anos, mãe e empresária, enquanto seu marido, Bruno Martins, se apresentava como “pai de primeira viagem”, compartilhando a rotina da família. Ambos exibiam uma vida de luxo, com viagens internacionais e falavam sobre jogos de azar, sugerindo aos seguidores que poderiam obter ganhos sem sair de casa, por meio de um curso online vendido por Ianka.
Foto: Reprodução Redes Sociais
Divulgação/MPSC