Sete pessoas investigadas pela Operação Castelo de Areia foram condenadas pela 3ª Vara Criminal de Franca a penas que somam mais de 20 anos de reclusão em regime fechado. A sentença é resultado de uma investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), que desarticulou uma organização criminosa atuante na região de Franca.
Deflagrada no final de 2023, a Operação Castelo de Areia revelou um esquema de agiotagem, no qual os envolvidos emprestavam dinheiro a juros abusivos. A cobrança das dívidas era realizada, frequentemente, com violência ou ameaças graves. O dinheiro arrecadado financiava a expansão do esquema criminoso, sendo parte dos lucros reinvestida no próprio negócio ilegal. O restante era lavado por meio de empresas de fachada e aquisição de bens de alto valor, como carros de luxo e imóveis.
Na decisão judicial, o juiz confirmou a manutenção da prisão preventiva dos denunciados, além de determinar o confisco de valores bloqueados por meio do sistema Sisbajud e de cinco imóveis adquiridos com o lucro das atividades criminosas.
Os condenados responderão pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, usura, corrupção ativa e passiva. As investigações também apontaram a participação de um policial civil no esquema, reforçando a gravidade do caso.
O ex-policial civil Rogério Camillo Requel foi condenado a 20 anos, 2 meses e 6 dias de reclusão; 8 meses e 5 dias de detenção. Essa mesma pena foi aplicada a Douglas de Oliveira Guimarães, Ezequias Bastos Guimarães, Ronny Hernandes Alves dos Santos, Bruno Bastos Guimarães, Leomábio Paixão da Silva. Já Evanderson Lopes Guimarães foi condenado a 20 anos, 2 meses e 6 dias de reclusão; 7 meses e 6 dias de detenção.
Relembre
No fim de novembro, a Operação Castelo de Areia, conduzida pelo Gaeco, Ministério Público, Polícia Militar e Corregedoria da Polícia Civil, cumpriu 20 mandados, incluindo sete prisões temporárias e 12 apreensões em Franca, além de uma busca em Ribeirão Preto.
Na ocasião as investigações indicaram que a quadrilha chegou a movimentar R$ 36 milhões em três anos de agiotagem e lavagem de dinheiro.
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