A partir de 1º de janeiro de 2025, mulheres brasileiras poderão se alistar voluntariamente nas Forças Armadas. A medida, inédita no país, permitirá que aquelas que completarem 18 anos em 2025 optem por integrar o serviço militar, diferentemente do alistamento obrigatório para os homens. O período de inscrições será encerrado em 30 de junho do próximo ano.
Segundo o Ministério da Defesa, nesta fase inicial, serão disponibilizadas 1.465 vagas distribuídas entre 28 municípios e 14 estados. Deste total, 1.010 vagas serão para o Exército, 155 para a Marinha e 300 para a Aeronáutica. A expectativa é de um aumento progressivo, com a meta de atingir 20% de participação feminina nas fileiras militares nos próximos anos.
Para se alistar, as interessadas poderão optar por meios online ou presenciais em Juntas de Serviço Militar. O processo exige critérios como residir em uma das localidades contempladas e apresentar documentos como certidão de nascimento ou naturalização, comprovante de residência e documento de identidade com foto.
O recrutamento envolve múltiplas etapas, incluindo seleção geral e complementar, designação, distribuição e incorporação. As candidatas passarão por entrevistas, exames médicos e testes físicos, além de poderem escolher a Força de preferência. No entanto, a decisão final dependerá da disponibilidade de vagas e das especificidades exigidas por cada Força Armada.
Conforme informou o Ministério da Defesa, as mulheres incorporadas ocuparão a graduação inicial de soldado, com os mesmos direitos e deveres que os homens. Na Marinha, elas serão denominadas marinheiras-recrutas. O serviço militar terá duração de 12 meses, com possibilidade de prorrogação por até oito anos.
A incorporação está prevista para ocorrer em março ou agosto de 2026, marcando um passo significativo na inclusão de mulheres nas Forças Armadas e ampliando a diversidade e a igualdade no setor militar.
Foto: Divulgação/Ministério da Defesa