Nesta quarta-feira, 11, o ex-presidente da torcida organizada Mancha alvi Verde, Jorge Luiz Sampaio e o vice-presidente, Felipe Mattos dos Santos, acusados de liderar a emboscada a torcedores do Cruzeiro, se entregaram à polícia.
Ambos eram foragidos da Justiça desde outubro e se apresentaram ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) no centro de São Paulo, capital. Em novembro, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) chegou a realizar uma operação na sede da torcida organizada em busca de suspeitos e provas do crime.
Em 3 de dezembro, a Polícia Civil de São Paulo realizou uma operação que resultou na prisão de 3 integrantes da torcida. Outros dez foram conduzidos à delegacia para prestar depoimento.
No início dia seguinte, a CBF determinou que a partida entre Palmeiras e Cruzeiro acontecesse a portas fechadas após considerar inviável garantir a segurança e preparar a logística necessária em tão curto prazo. Embora a Polícia Militar tenha mudado seu parecer e autorizado torcedores de ambas as equipes poucas horas antes do confronto, a medida foi descartada pela entidade.
Até então, o Ministério Público já havia determinado a proibição da torcida organizada do Palmeiras, Mancha Alviverde, de entrar em qualquer estádio paulista.
No último domingo, 8, a defesa de Jorge Luiz Sampaio Santos, então presidente, divulgou que estava renunciando do cargo e que planejava se entregar em breve. Ele também enviou uma carta à torcida onde explica que a renúncia tinha o objetivo de proteger sua família, a si e à equipe jurídica que faz sua defesa.
Na ocasião, a defesa também divulgou que “as suspeitas levantadas pela Polícia Civil não correspondem à realidade”.
Com a prisão de hoje, soma-se 15 torcedores detidos em prisão temporária e três suspeitos foragidos.
Na ocasião do crime, um ônibus onde estavam torcedores da torcida Máfia Azul, do Cruzeiro, foi atacado. Um homem de 30 anos morreu após ser retirado de dentro do ônibus e espancado com uma barra de ferro. Outras 20 pessoas ficaram feridas.
Foto: Reprodução/Redes Sociais/Polícia Civil SP