Os nove candidatos à Presidência chilena encerraram suas campanhas, obedecendo a uma lei que estabelece dois dias de silêncio eleitoral antes das eleições. As duas principais candidatas realizaram atos, deixando claras as diferenças das propostas de governo. A ex-presidente socialista Michelle Bachelet, propôs um pacote de reformas que inclui uma nova Constituição, para abandonar a Carta imposta em 1980 pela ditadura do general Augusto Pinochet, que contém ainda uma série de resquícios antidemocráticos. A governista Evelyn Matthei apostou na continuidade das políticas econômicas mais liberais do presidente Sebastián Piñera.
Diante de cerca de 10 mil pessoas no Parque Quinta Normal, em Santiago, Bachelet pediu aos eleitores que a deem uma vitória ampla amanhã para evitar um segundo turno. "Temos que ganhar com ampla vantagem no primeiro turno", declarou, citando os principais pontos de seu programa, que inclui reformas no sistema educativo e tributário. "O que queremos fazer são mudanças de verdade, com responsabilidade e governabilidade", afirmou a ex-presidente.
Matthei, que encerrou sua campanha com um ato em Chillán, fezendo uma forte defesa da continuidade das políticas do governo Piñera. "Se alguém perguntar aos chilenos se estão melhores agora do que há quatro anos, estou certa de que a imensa maioria vai responder que está melhor agora", disse. "Este governo criou mais de 800 mil empregos, quase o dobro do governo de Bachelet (2006-2010). Os salários mais do que dobraram", afirmou Matthei, de 60 anos. A ex-presidente lidera todas as sondagens de intenções de voto. Em pesquisa do Instituto Ipsos, divulgada há nove dias, Bachelet aparece com 35% das intenções de voto, seguida por Matthei, com 22%. Bachelet lidera todas as pesquisas com 47% das intenções de voto, seguida de Matthei, que recebeu 14% de apoio. As projeções indicam que, excluindo votos nulos e em branco, a socialista pode vencer no primeiro turno, e, para isso, precisa reunir 50% mais um dos votos válidos.Fonte: Estado de Minas