Lucro da Petrobras atinge R$ 32,6 bilhões no 3º trimestre e cresce 22,3%

Autor: Salomão Rodrigues

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08/11/2024

A Petrobras divulgou nesta quinta-feira, 7, seu balanço do terceiro trimestre de 2024, registrando um lucro de R$ 32,6 bilhões, um aumento de 22,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Com os bons resultados, a estatal anunciou a distribuição de R$ 17,1 bilhões em dividendos aos acionistas, reforçando seu compromisso com o retorno financeiro ao mercado. Esse crescimento no lucro ocorre em meio a um cenário desafiador, marcado pela queda no preço do barril de petróleo brent.

Entre os destaques financeiros, o Ebitda recorrente atingiu R$ 64,4 bilhões, mostrando a sólida geração de caixa da Petrobras, e o fluxo de caixa livre (FCL) somou R$ 38 bilhões. A geração operacional de caixa (FCO) também se destacou, chegando a R$ 62,7 bilhões, um dos seis maiores valores já registrados pela empresa em um trimestre. Esses números refletem, segundo a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, a solidez da gestão financeira e o foco em investimentos para garantir a sustentabilidade da companhia.

A Petrobras também conseguiu reduzir sua dívida financeira e dívida bruta, que caíram, respectivamente, 2,1% e 0,8%, para US$ 25,8 bilhões e US$ 59,1 bilhões. Esses resultados mantêm a dívida dentro das metas estabelecidas no Plano Estratégico 2024–2028. Além disso, a empresa recolheu R$ 64,4 bilhões em tributos, distribuídos entre União, estados e municípios, reforçando seu papel como uma das principais contribuintes do país.

Em termos operacionais, a Petrobras celebrou o início de operações de novas unidades no pré-sal. Entre elas, o FPSO Marechal Duque de Caxias, no campo de Mero, com capacidade de produzir até 180 mil barris de óleo por dia, e o FPSO Maria Quitéria, no campo de Jubarte, com potencial de 100 mil barris diários. Além disso, chegou ao Brasil a plataforma Almirante Tamandaré, com capacidade para produzir até 225 mil barris de óleo por dia no Campo de Búzios. A estatal destacou ainda o uso de tecnologias para redução de emissões, incluindo o ciclo combinado de geração de energia, que reduz em até 24% as emissões operacionais de gases de efeito estufa.