Antônio Fagundes vive com o diabete tipo 2 há oito anos

Autor: Salomão Rodrigues

Fonte:

18/10/2024

O ator Antonio Fagundes, de 75 anos, revelou uma experiência desafiadora ao ser diagnosticado com diabete tipo 2 há oito anos. O alerta veio de maneira alarmante, quando ele perdeu 10 quilos em apenas uma semana após consumir grandes quantidades de frutas, sem saber que o excesso de frutose poderia ser prejudicial à saúde.

Essa doença afeta 580 milhões de pessoas no mundo, sendo 13 milhões só no Brasil. E para falar sobre ela, conversamos com o Dr. Júlio Cesar Batista Lucas, endocrinologista e professor de medicina da Unifran.

 

Doutor, o que é a Diabete tipo 2 que afeta o ator Antônio Fagundes?
A diabete ela é causada pelo aumento do açúcar no sangue.

E esse tipo de diabete pode fazer a pessoa ter um emagrecimento repentino?
“Com o aumento da glicose no sangue, o paciente pode ter perda de peso, isso é uma situação que pode ocorrer”, confirma o endocrinologista”.

Quais são as principais causas do diabete tipo 2?
“A causa geralmente está ligada a uma predisposição genética, paciente com pessoas na família que são diabéticas, pela idade e, principalmente, atualmente a principal causa do diabete tipo 2 é a obesidade”.

Quais os principais sintomas?
“Os primeiros sintomas que o paciente pode ter é ter muita sede, perda de peso, urinar muito e ter muita fome”.

Como é feito o tratamento? Diabete tipo 2 tem cura?
“O tratamento ocorre com a junção de algumas situações, que é a mudança de estilo de vida. Então tem uma alimentação saudável, principalmente com diminuição de carboidratos simples, entre eles o açúcar, a principal definição da parte alimentar que a gente tem que ter, esse paciente deve ter, mas a palavra dieta hoje ela é evitada. O paciente tem que ter uma alimentação saudável, que seja pobre em carboidratos simples, que tem uma quantidade de gordura e de proteína dentro daquilo que é o ideal. Atividade física e o uso das medicações. No diabético tipo 2, principalmente no início, ele vai usar as medicações, que a gente chama de anti abéticos orais, que controlam a sua glicemia. Dependendo da grande perda de peso, dependendo da gravidade da situação, o paciente diabético tipo 2 pode ter que tomar a insulina. A doença não tem cura. A doença tem controle. O paciente, a partir do cirúrgico de diabete, ele vai ser diabético para sempre”.

Muitas pessoas têm a doença e nem sabe ou não segue o tratamento, quais os riscos envolvidos?
“As complicações, principalmente o que a gente chama de complicações microvasculares, retinopatia diabética, lesão renal, que a gente chama de nefropatia diabética, e as doenças macrovasculares, o acidente vascular cerebral e o infarto agudo do miocárdio. O motivo da gente tratar esse paciente é manter um bom controle, principalmente para diminuir as complicações relacionadas ao aumento da glicemia, aumento do açúcar no sangue.”