'Bebê Rena' brasileiro vira caso de polícia

Autor: Salomão Rodrigues

Fonte:

19/06/2024

Nos últimos dias um caso de racismo e perseguição tem ganhado notoriedade nas redes sociais por envolver uma empresária de São Paulo e um personal trainer em uma história semelhante à retratada em uma série famosa.

O profissional de educação física, de 34 anos, dava aula na academia em que Lilan Mohamad Atiê, 35 anos. Eles se interessaram um pelo outro, saíram para encontros algumas vezes.

A situação durou aproximadamente dois meses. Depois disso, segundo a vítima, Lilian teria afirmado já ter sido internada duas vezes em clínicas de reabilitação.

Com receio de futuros problemas, o rapaz resolveu encerrar, de forma amigável, os encontros esporádicos que os dois mantiveram.

O COMEÇO DA PERSEGUIÇÃO
Aparentemente Lilian não aceitou a decisão do personal e passou a persegui-lo nas redes sociais. Ao ser bloqueada, ela passou a espalhar boatos alegando que o personal a teria contratado como garota de programa e não teria pagado o valor combinado.

INVASÃO
Lilian chegou a pular o muro do condomínio onde o personal mora, tirou uma foto do carro da vítima e enviado ameaçando destruir o veículo.

DIFAMAÇÃO, CALÚNIA E FALSO PROGRAMA
Na academia ela passou a interromper as aulas dos outros alunos. Espalhou o boato que o professor recebia o dinheiro das aulas e não as ministrava, que ele era gordofóbico e não aceitava dar aula para pessoas obesas. O que prejudicou sua imagem como profissional e afetou a quantidade de alunos que ele atende.

RACISMO
A empresária, que é dona de uma loja de assistência técnica, passou a enviar centenas de mensagem ofensivas de cunho racista utilizando depósitos de R$ 0,01 via Pix.

Em outro trecho ela diz: “não adiante kere competir cmg vc e preto”

A obsessão é tamanha que, em um único dia, Lilian chegou a fazer 200 depósitos de R$ 0,01 com mensagens contendo termos como 'macaco', 'gorila', 'orangotango'

BEBÊ RENA E CASO DE POLÍCIA
O personal registrou um boletim de ocorrência após assistir à série “Bebê Rena”, da Netflix, a produção conta a história real de um comediante que vive a experiência de ter uma Stalker.

Stalker é a pessoa que segue obsessivamente outra pessoa, vigiando suas rotinas, sendo essa perseguição insistente e podendo resultar em ataques ou agressões. No Brasil, desde 2021,essa prática é considerada crime por meio da Lei 14.132 prevê multa e reclusão de 6 meses a 2 anos.

A Polícia Civil investiga o caso.

 

Foto: Reprodução/Redes Sociais