O Brasil tem 31,4 mil profissionais da saúde por 10 mil habitantes, aquém do parâmetro de 34,5/10 mil estipulado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para que um país possa ser considerado prestador de assistência global na área. A informação consta do relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre a carência de profissionais intitulado Não há saúde sem força de trabalho, divulgado nesta segunda-feira, 11, no III Fórum Global de Recursos Humanos para a Saúde, no Centro de Convenções do Recife, com a participação de 85 países. O Brasil está atrás de Cuba (134,6), dos Estados Unidos (125,1), da Venezuela (67,4) e do Paraguai (34,4) e à frente do México (26,5), da Colômbia (19,7) e do Haiti (3,6). Ocupa a décima nona posição entre os países das Américas. O mínimo recomendado pela OMS é de 22,8 mil profissionais por 10 mil habitantes. Mais de 80 países estão abaixo desse patamar, a maioria deles da África Subsaariana, de acordo com o relatório, enquanto 70% dos países das Américas têm número suficiente de profissionais da saúde - médicos, enfermeiras e parteiras -, mas estes estão mal distribuídos nos territórios e não atendem toda a população. Segundo a assistente-geral da OMS em Genebra, Marie-Paule Kieny, o déficit de profissionais da saúde no mundo poderá chegar a 12 9 até 2035 se os governos de todo o planeta nada fizerem em relação ao assunto. "Hoje, este déficit é de 7,2 milhões", alertou. O documento, conforme Marie-Paule, traz diretrizes para que o mundo possa se organizar e fazer frente a esse desafio. "Uma das políticas recomendadas é a de procurar reter os profissionais na saúde básica primária", observou.
Fonte: Estaminas