Três homens envolvidos na execução do contador, Alexsander Silva Terêncio, morto a tiros dentro de um escritório, serão julgados nesta quinta-feira, 25, no fórum de Franca. O crime aconteceu em maio de 2021 e as investigações apontaram que a morte do contador foi encomendada por um líder religioso, que está foragido.
Serão julgados Maycon Fernando Oliveira, de 34 anos, apontado como o atirador; Marcos Vinícius de Oliveira, de 26 anos, responsável por soltar fogos de artifício em um terreno ao lado do escritório para abafar o som dos tiros, e o piloto da moto que levou o assassino, Wendel Silva Bráulio, de 24 anos, que alegou ter dado apenas carona. Todos estão presos e respondem por homicídio qualificado. Se condenado, o trio pode pegar de 12 a 30 anos de prisão. O júri popular está marcado para começar às 9 horas da manhã.
QUEIMA DE ARQUIVO E PAI DE SANTO FORAGIDO
Alexsander, que era contador, estaria sabendo de um esquema de desvio de verbas da Prefeitura de Capetinga (MG), envolvendo o pai de santo Juliano Melo da Silva, de 42 anos, apontado como o mandante do crime e que está foragido. A defesa dele foi procurada, mas não quis falar sobre o caso, disse apenas que conseguiu na Justiça desmembrá-lo do processo, no qual o trio será julgado.
Ele é um líder religioso de Cássia (MG), e seria o chefe de uma quadrilha que desviou quase R$ 900 mil da Prefeitura de Capetinga (MG). O esquema de corrupção contava com apoio de uma prima do Juliano, que era secretária de finanças, sendo presa após operação do Ministério Público.
Alexsander teria descoberto o esquema e por isso acabou sendo executado a mando de Juliano, que teria oferecido R$ 2.500 para o assassino, porém, o atirador alega que não recebeu o valor combinado.
