Maisa Amazonas, de 23 anos, realizou uma cirurgia para retirada de pedras nos rins em setembro de 2023 no Hospital do Coração. Na ocasião foi colocado um cateter duplo J, um tubo fino e flexível com cerca de 3 milímetros de espessura que vai da bexiga até o rim.

Segundo o relato da jovem durante entrevista para a Rádio Imperador, esse cateter deveria ficar por no máximo quinze dias, pois a complicação mais comum nesse tipo de procedimento é a calcificação, ou seja, se passar muito tempo sem ser trocado ou retirado, pedras começam a se formar ao redor do cateter, o que pode complicar o estado clínico do paciente e causar infecções de urina.

É exatamente o que acontece com Maísa, como não foi marcada uma data de retorno para a jovem voltar ao centro cirúrgico para a retirada ou a troca do cateter, foi orientado que a jovem teria que refazer o procedimento para conseguir consulta com o médico, ou seja, ir ao NGA e pegar um encaminhamento para a Secretaria de Saúde para a realização de novos exames como ultrassom, raio-x e exame de urina, depois ela passaria por cardiologista, urologista e anestesista para depois conseguir a consulta com o médico que realizou a cirurgia.

A paciente tem medo, pois, como se trata de um processo demorado que da última vez demorou quase um ano para que ela conseguisse passar pela consulta e ela já tem tomado antibióticos há 90 dias.

Como a infecção não cede, a jovem passa agora a tomar os antibióticos de forma intravenosa e os medicamentos utilizados não são disponibilizados na rede pública.

Com isso, a jovem tem um gasto financeiro alto em um momento em que se encontra afastada da empresa e, simultaneamente, ainda não recebe o auxílio-doença pelo INSS.

A paciente também entrou em contato com a ouvidoria, sendo informada de que a Santa Casa tem até o dia primeiro de maio para ligar e marcar uma data de consulta com o urologista.

Nossa equipe entrou em contato com a Secretaria de Saúde da Prefeitura de Franca e aguarda um posicionamento sobre o caso.

Foto: Arquivo Pessoal