Nesta sexta-feira, 5 de abril, completa-se exatamente um ano em que o sargento Rulian Ricardo da Silva foi baleado dentro da 4ª Companhia do 46º Batalhão da Polícia Militar, em São Paulo. O crime deixou perguntas sem resposta até hoje, enquanto a família da vítima, que é de Franca, clama por justiça.
Segundo o relatório da ocorrência, houve uma discussão entre o sargento Rulian e uma policial feminina, devido à escala de feriado da Páscoa. Em seguida, o Capitão foi até o alojamento do policial. Eles discutiram. Rulian teria sacado sua arma, calibre 32. O Capitão disparou três vezes, e o seu motorista também fez um disparo. O sargento foi atingido no pescoço e na região do tórax e morreu na hora.
Entretanto, um aspecto sombrio vem à tona ao analisar o histórico do Capitão Laroca. Em 2006, Laroca foi afastado da corporação após ser acusado de simular um sequestro para justificar duas mortes. As suspeitas de conduta indevida pairam sobre o Capitão desde então, lançando dúvidas sobre a integridade do sistema de justiça e a responsabilidade das autoridades em garantir transparência e prestação de contas.
Dias antes de ser morto, Rulian também enviou áudios para um amigo revelando estar sofrendo perseguição pelo capitão Laroca, após apreender máquinas de caça-níqueis, em São Paulo. A suspeita é de que Laroca estaria envolvido no esquema. Esses materiais foram anexados ao processo. Em um dos áudios, Rulian dizia "Preciso ir embora daqui".
Enquanto isso, a família do sargento Rulian segue em busca de respostas e justiça. Para eles, a impunidade dos responsáveis pelo assassinato é um peso insuportável, que só aumenta com o passar do tempo. Em meio a um turbilhão de emoções, eles mantêm a esperança de que a verdade seja revelada e que os culpados sejam responsabilizados pelo crime hediondo.
Nas redes sociais, um perfil criado para cobrar justiça por Rulian, postou um vídeo com amigos e familiares vestidos com uma camiseta branca, com a foto do sargento, lamentando a impunidade no caso.
"Um ano de um ato de crueldade feito com uma pessoa batalhadora, guerreira que corria em busca de seus sonhos e sempre procurava crescimento, há um ano perdemos um irmão, um tio e um filho, os corações se partem todas às vezes em que nos vem à memória da maravilhosa pessoa que era o sargento Rulian".
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A Corregedoria da Polícia Militar e a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo foram procuradas, mas até o momento não emitiram nenhum posicionamento atual em relação ao caso.
