Passagem de supertufão pode ter deixado 10 mil mortos nas Filipinas

Autor: Redação Pop Mundi

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11/11/2013
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Dez mil pessoas podem ter morrido nas Filipinas após a passagem do super tufão Haiyan, o que o converteria no desastre natural mais mortífero já registrado neste país, informaram as autoridades neste domingo. "Nós nos reunimos com o governador (da província de Leyte) na noite passada e, baseando-nos nas estimativas do governo, há 10.000 vítimas (fatais)", declarou à imprensa Elmer Soria, funcionário de alto escalão da polícia de Tacloban, a capital da província de Leyte, na ilha de mesmo nome. Entre "70% e 80% das construções e das estruturas situadas na trajetória do tufão foram destruídas", disse. O balanço anterior fornecido pela Cruz Vermelha no sábado informava sobre 1.200 mortos, após a passagem pelo centro do arquipélago do tufão Haiyan, que chegou acompanhado de ondas de vários metros de altura e de ventos de até 315 km/h. A paisagem observada após a passagem do tufão, com casas arrasadas, postes elétricos derrubados, carros virados e sobreviventes atordoados percorrendo as ruas, lembrava a destruição causada pelo tsunami de 2004 na Ásia. "Ocorreram grandes destruições (...) A última vez que vi algo parecido foi durante o tsunami no oceano Índico" que deixou 220.000 mortos em 2004, afirmou Sebastian Rhodes Stampa, chefe da equipe da ONU encarregada da gestão de desastres que se encontrava em Tacloban.

Palo e Tacloban figuram entre as cidades mais castigadas pelo super tufão Haiyan. "A destruição é enorme", insistiu o secretário filipino de Assuntos Interiores, Manuel Roxas."Imaginem uma faixa de um quilômetro ao longo de toda a costa: todas as casas, tudo está destruído", afirmou. Leyte, uma ilha de 1,7 milhão de habitantes situada na parte oriental do arquipélago, é uma das regiões mais afetadas pelo tufão, embora outras zonas do centro das Filipinas também tenham sofrido pela passagem do Haiyan.

Uma dúzia de mortes foram confirmadas em algumas destas áreas, mas as autoridades admitiram que estão sobrecarregadas e que muitas localidades ainda estavam incomunicáveis neste domingo. "Ainda estamos estabelecendo o comando e o controle da logística e das comunicações", declarou o tenente-coronel Ramón Zagala, porta-voz militar. Zagala indicou que entre as comunidades incomunicáveis está Guiuan, uma região portuária de 40.000 habitantes localizada na ilha de Samar, onde o tufão tocou a terra e entrou nas Filipinas na madrugada de sexta-feira. No entanto, segundo um funcionário local, já foi confirmada a morte de 300 pessoas e o desaparecimento de outras 2.000 na ilha de Samar após a passagem do Haiyan. Leo Dacaynos, membro do conselho de gestão de desastres de Samar, confirmou neste domingo à emissora de rádio DZBB a morte de 300 pessoas em Basey, uma pequena localidade, e o desaparecimento de outras 2.000 pessoas em toda a ilha. Trata-se da primeira confirmação de vítimas fatais em Samar após a passagem do Haiyan.

Fonte: Estaminas

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