A Justiça condenou 14 pessoas ligadas a uma organização criminosa responsável por um cartel no mercado de fornecimento de uniformes e materiais escolares, especializada em fraudar licitações.
Sentença é resultado da Operação Dólos deflagrada na região de Franca fevereiro de 2021. Na ocasião, as investigações do Ministério Público da região de Franca, que começaram em 2019 após a 1ª fase da Operação Loki em Orlândia, revelaram que o esquema criminoso somava R$ 40 milhões de reais e contratos com o poder público.
A organização agia em Franca, Ribeirão Preto, Orlândia, São José do Rio Preto, Altinópolis, Guará, Miguelópolis, Batatais, Sertãozinho, Serra Azul, Riolândia, Itanhaém, Pontes Gestal, Serrana e Américo de Campos e envolvia diversas empresas, muitas delas de fachada.
Os proprietários dessas empresas combinavam previamente os preços que seriam lançados nos procedimentos de licitações públicas com as prefeituras.
O esquema cresceu tanto e se tornou tão influente que, visando mais poder político, financiou a campanha política de uma dos membros da organização criminosa para o cargo de prefeita de Itanhaém.
Cris Forssell Fomin (Podemos) não conseguiu se eleger, mas é uma na lista dos condenados pela Justiça que também envolve:
Saulo Trevisan Oliveira - 8 anos de reclusão em regime fechado e multa de 52 salários mínimos;
Ayrton José Júnior - 7 anos de reclusão em regime fechado e multa de 44 salários mínimos;
Cristiane Forssel Fomin - 7 anos de reclusão em regime fechado e multa de 44 salários mínimos;
Marta Nazzari - 5 anos de reclusão em regime semiaberto e multa de 8,5 salários mínimos;
Ricardo de Lima Carrenho - 5 anos de reclusão em regime semiaberto e multa de 17 salários mínimos;
Bruna Pires dos Santos - 5 anos de reclusão em regime semiaberto e multa de 17 salários mínimos;
Luciana de Oliveira Souza - 5 anos de reclusão em regime semiaberto e multa de 34 salários mínimos;
Luiz Augusto Pereira - 5 anos de reclusão em regime semiaberto e multa de 34 salários mínimos;
Marcel de Camargo Fomin - 5 anos de reclusão em regime semiaberto e multa de 51 salários mínimos;
Vanderci Ferreira de Oliveira - 5 anos de reclusão em regime semiaberto e multa de 34 salários mínimos;
Marcos Otávio Vioto - 5 anos de reclusão em regime semiaberto e multa de 17 salários mínimos;
Francisco Gisley Rodrigues - 5 anos de reclusão em regime semiaberto e multa de 17 salários mínimos;
Leandro de Souza Sória - 5 anos de reclusão em regime semiaberto e multa de 17 salários mínimos;
José Renato de Aguiar - 5 anos de reclusão em regime semiaberto e multa de 17 salários mínimos.
A sentença para os 14 empresários condenados foi proferida pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Orlândi e, além desse processo, o grupo criminoso ainda responde em outros processos pelos crimes de corrupção e formação de cartel.
Foto: Reprodução/ GAECO