Como era previsível, Vladimir Vladimirovitch Putin, 71, foi reeleito neste domingo, 17, com números recordes na história pós-soviética por mais seis anos como presidente da Rússia. Ele teve pouco mais de 87% dos votos. O comparecimento foi de 77,4%, segundo a Comissão Eleitoral Central.
Em seu discurso de vitória de sete minutos às 23h50 (17h50 em Brasília) para o comando de campanha e ao responder a jornalistas, Putin disse que sua vitória era um sinal "de que somos todos irmãos em armas", agradeceu aos soldados lutando na Guerra da Ucrânia e prometeu "completar os objetivos da operação militar especial, tornando o Exército mais forte".
Putin foi questionado acerca da ideia francesa de enviar forças para a Ucrânia, repetindo que isso "colocaria o mundo à beira da Terceira Guerra Mundial", algo "que não é do interesse de nenhum de nós".
"Somos a favor de negociações, mas não porque o inimigo está ficando sem munição. Não vamos dar tempo para eles se rearmarem", afirmou, sobre uma eventual conversa com Kiev. Voltou a dizer que poderia estabelecer um "cordão sanitário no território hoje controlado pelo regime de Kiev" para proteger os russos do outro lado da fronteira sob ataque, em Belgorodo, ou seja, na região norte da Ucrânia.
"O resultado da eleição vai permitir a consolidação da sociedade", afirmou o presidente, que concorreu como independente com o apoio do partido Rússia Unida.
Foto: Maxim Chemetov/Reuters
Fonte: Folhapress