Foi realizada na tarde desta terça-feira, 5, uma audiência pública no Teatro Municipal de Franca sobre a privatização da Sabesp que, segundo o planejamento do governo, deve ocorrer até o final do ano de 2024.

Confira os principais trechos e argumentos dos que estavam presentes na audiência, pelo vídeo abaixo:

Conforme a proposta de Tarcísio de Freitas, o estado, que hoje é sócio majoritário da Sabesp com 50,3% das ações, teria um contrato único com os 375 municípios, que hoje é feito cidade a cidade.

Natália Resende, Secretária do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo, esteve presente e mostrou detalhes do contrato que será firmado e do investimento obrigatório no valor de R$ 260 bilhões que deve ser realizado ao longo dos anos até 2060. Ela também discursou por uma hora e informou que o governo do estado tem a preocupação de elaborar uma estratégia para que cidades pequenas e áreas rurais não sejam prejudicadas ao longo do processo de desestatização.

O primeiro ponto destacado pelos que usaram a tribuna foi sobre a data e horário escolhida pelo governo para a realização da audiência pública, por acontecer no período da tarde em um dia semana e no dia de sessão da câmara municipal, isso com certeza impediu uma presença maior de munícipes e de outras autoridades locais.

O vereador Gilson Pelizaro afirmou considerar injusto a maneira como o processo é feito e a falta de diálogo durante o primeiro estágio, quando não foram ouvidas as opiniões e reivindicações dos dirigentes dos municípios que serão diretamente afetados.

Guilherme Cortez, deputado estadual afirmou que as audiências públicas agendadas, oito no total, são apenas mera formalidade, já que, na opinião o deputado, o governo nunca esteve realmente interessado em ouvir a opinião das pessoas e que, independente do que for apontado nas audiências, não será possível fazer o governo mudar na decisão de privatizar Sabesp.

O prefeito Alexandre Ferreira discursou sobre os funcionários da Sabesp que vivem uma incerteza quanto ao futuro e que é necessário garantir que o serviço prestado na cidade continue sendo referência no Brasil e no mundo.

Além de mais duas audiências públicas presenciais que serão realizadas no dia 7 em Presidente Prudente e no dia 12 em Lins, também haverá uma sessão online no dia 14 que será transmitida pelo YouTube.

Fotos e vídeo: Salomão Rodrigues