No último sábado, 20, a seleção masculina de handebol do Brasil conquistou a vitória sobre a Argentina por 28 a 26 em uma partida disputada em Buenos Aires pelo Torneio Sul-Centro Americano de Handebol.
Acontece que nesta terça-feira, 23, o capitão da equipe brasileira, Thiagus Petrus, de 34 anos, publicou em suas redes sociais as ofensas racistas que o time sofreu ao final da partida quando os jogadores ainda estavam em quadra e depois em suas páginas pessoais nas redes sociais.
“Campeões do Sul centro americano!
5 jogos em 5 dias para atletas profissionais que só aumenta o risco de se lesionarem, sem descanso desejado, dois jogos em menos de 24 horas, sem que os organizadores da competição se importem.
Atrasos no transporte, comida e instalações que talvez não sejam a mais adequadas para atletas. “Bem vindo ao Sul Centro Americano de Handebol”
E pra completar uma minoria que atrapalha o esporte.”
“No final do último jogo, foram jogadas 3 bananas na quadra que eu vi, podem ser que tivesse mais alguma. Se isso não fosse suficiente, receber mensagens discriminatórias e coloco apenas uma delas que recebi.
Difícil estar feliz com esse tipo de situação, mas certo de que estou no caminho certo se a minoria racista fica incomodada com o meu trabalho e dos meus companheiros!
Seguimos na Luta!!”
O atleta ainda disse estar esperando uma atitude que nunca chega, numa referência a pouca efetividade ou quase inércia dos órgãos reguladores do esporte com essa questão bem frequente na Argentina.
Nos comentários dessa mesma publicação, a discussão se acalorou entre os que se solidarizaram com o jogador (inclusive alguns argentinos), e os que, como muitos no país vizinho, acreditam que o racismo é uma forma de provocação natural no esporte ou que as vítimas de racismo de certa maneira provocam a torcida adversária, resultando em ofensas criminosas dessa maneira.
Foto: Reprodução/Redes Sociais