A Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou a privatização da Sabesp após confrontos entre manifestantes e a Polícia Militar, nesta quarta-feira, 6. O projeto concede ao governo a possibilidade de diminuir sua parcela na empresa, atualmente em 50,3%, sem especificar a nova participação estatal. Apesar da redução, o governo manterá poder de veto em certas decisões da companhia.
A votação, com 62 votos a favor de um total de 94 deputados, foi uma vitória para o governador Tarcísio de Freitas. A oposição se retirou em protesto após a confusão com a PM, alegando questões de saúde devido ao gás de efeito moral no plenário.
Os confrontos entre manifestantes contrários à privatização e a PM geraram tumulto, resultando em deputados feridos, jornalistas atingidos e críticas tanto à ação dos manifestantes quanto à decisão de prosseguir com a sessão legislativa.
O governo comemorou a aprovação, enfatizando a criação de um fundo para apoiar a universalização do saneamento no estado e a redução das tarifas como benefícios da privatização. Por outro lado, a oposição argumenta que a venda afetará áreas que não geram lucro, dependerá de subsídios estatais e contesta a necessidade da privatização de uma empresa lucrativa e eficiente como a Sabesp.
Foto: Rodrigo Costa e Rodrigo Romeo/Alesp