A organizadora da Parada LGBT de Franca usou a tribuna da Câmara Municipal de Franca nesta terça-feira, 8, para prestar contas sobre a 11ª PArada do Orgulho LGBTQIA+ de FRanca realizada no dia 23 de julho e, ao mesmo tempo, criticar a postura da prefeitura de Franca no recebimento dos documentos exigidos por ela mesma.

Segundo Rosângela, que está à frente da ONG Arco-Íris, a Prefeitura exigiu muitos documentos para que fosse realizado o evento, ao mesmo tempo a ONG tem encontrado muita dificuldade para entregar esses documentos, já que o atendimento nas secretarias da prefeitura é bem precário. Assim, se torna um paradigma de uma prefeitura que exige esses documentos, mas tem dificuldade em recebê-los.

Foi criticado também a organização logística do poder público, só na Vigilância Sanitária é exigido um contrato com equipe de segurança para o evento, um croqui assinado pelo engenheiro, ambulância, bombeiros e etc. A empresa de transporte público não foi informado sobre a mudança nas rotas, houve muita demora na entrega dos tambores de lixo no evento, dentre outros inúmeros problemas de logística em pontos que eram de responsabilidade da prefeitura.

Por fim, foi criticado a falta da maioria dos vereadores no evento e alertado para que eles não usem a causa do movimento LGBTQIA+ como moeda de troca no ano que vêm no período eleitoral.

Rafael Leite Franceschini, advogado da Comissão de Diversidade Sexual e de Gênero da OAB-Franca salientou o trabalho exemplar da Polícia Militar que auxiliou na realização do evento, realizando, em muitos momentos o trabalho da vigilância sanitária e secretaria do meio ambiente. Rosângela agradeceu a oportunidade de realizar a Parada, destacou que foi um ambiente organizado, familiar e seguro.

Foto: Divulgação/Câmara Legislativa