Está foragido da Justiça, Heitor Herker, de 35 anos, professor de basquete que está sendo investigado pela Polícia Civil por abuso sexual contra alunos, menores de idade, em Franca (SP). Segundo a Polícia, as vítimas, com idades entre 11 e 12 anos, eram coagidas a enviar fotos íntimas em troca de benefícios no time e dinheiro.
Durante entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira, 26, a delegada titular da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) de Franca, Juliana Paiva, disse que os policiais cumpriram dois mandados de busca nos endereços onde o professor de basquete residia, mas, ele não foi encontrado. Os familiares dele disseram à Polícia que Heitor está escondido na zona rural, mas não souberam informar a localização.
INVESTIGAÇÃO
Os abusos teriam acontecido no ano passado, quando Heitor dava aulas em um projeto social. Ele foi dispensado no início deste ano. Ao todo, dez crianças foram ouvidas pela DDM, além de pais e familiares.
Segundo os relatos, Heitor se aproximava dos adolescentes sempre com muita gentileza, e pedia fotos aos alunos por aplicativo de mensagens. Em algumas ocasiões, o professor também fotografava os garotos durante as avaliações, usando a desculpa de que precisava 'avaliar' o físico dos meninos. Aqueles que não enviavam as fotos, eram ameaçados e impedidos de jogar.
Os alunos que enviavam as fotos recebiam dinheiro e vantagens no time, até presentes, como tênis, por exemplo.
Assim que recebeu a primeira denúncia, a DDM instaurou inquérito e apreendeu o celular e notebook do professor. Nos aparelhos eletrônicos foram encontrados indícios de abuso. O primeiro pedido de prisão foi negado pela Justiça, mas a delegacia não desistiu e conseguiu novas provas, além de outras vítimas.
Na coletiva, a delegada Juliana disse que o advogado que representa o professor foi procurado, mas disse que Heitor não irá se apresentar enquanto não conseguirem os recursos solicitados à Justiça. No depoimento à Polícia, o investigado nega os crimes e acusa os familiares das vítimas de interesseiros. Heitor responde por estupro de vulnerável e pornografia infantil.
OUÇA A ENTREVISTA COMPLETA COM A DELEGADA DA DDM SOBRE O CASO:
Foto: Reprodução/Redes Sociais