Após denúncia e protesto realizados em frente a Prefeitura de Franca (SP), nesta quinta-feira, 20, o Poder Executivo decidiu abrir investigação para averiguar a situação das últimas empresas que foram contratadas em licitação e que, segundo os vigilantes que trabalharam nelas, há irregularidades no pagamento de salários, rescisões e registro em carteira dos trabalhadores.

O caso veio à tona, após denúncia na Rádio Imperador no início desta semana. Os vigilantes que sofrem com o atraso no pagamento de salários, verbas rescisórias e registro em carteira, procurou o jornalismo da emissora para denunciar.

As empresas alvo do protesto, são a Cajetan Segurança e Vigilância, a Barbo Segurança e a empresa Celler Segurança Privada Limitada, com sede em Caçapava (SP). Por sua vez, a Celler é citada em 382 processos no Jusbrasil, em sua maioria envolvendo o pagamento de direitos trabalhistas, além de colecionar reclamações na internet em fóruns e sites com pessoas alegando que a empresa fechou as portas da cede, não pagou os vigilantes e não atende ligações.

Procuradas pela equipe de jornalismo do Pop Mundi, nenhuma das empresas responderam às perguntas e nem retornaram as ligações.
A Prefeitura de Franca, num primeiro momento, afirmou, através de nota, que não há contrato vigente com a empresa Celler. E que, quanto a Cajetan, os pagamentos são efetuados conforme a apresentação de documentos e relatórios de serviços prestados, exigidos pela legislação.

Disse ainda que sobre a empresa Barbo, a mesma se encontra apta para prestação de serviço e que todos os contratos firmados são fiscalizados e, em caso de ilicitude, são instaurados processos administrativos.

Porém, nesta quinta-feira, 20, um grupo de vigilantes, acompanhados de um advogado e de um representante do sindicato, se reuniram em frente à Prefeitura de Franca exigindo providências, tendo sido recebidos para uma reunião com representantes da prefeitura.

A Prefeitura chegou a bloquear os pagamentos das empresas por falta de apresentação de documentos e relatórios de serviços prestados exigidos pela legislação, e deu um prazo de 24 horas que esses documentos sejam apresentados ou irá tomar as medidas cabíveis.

Após a reunião, foi divulgada uma nota na qual se informa que a Controladoria Geral, da Prefeitura de Franca, notificará pela última vez a empresa responsável, visando a apresentação da documentação necessária, com prazo previsto na legislação.
Foi pedido aos vigilantes que não abandonem os postos enquanto a prefeitura aguarda a documentação. Porém, ainda é uma preocupação do grupo de trabalhadores a falta dos pagamentos anteriores e a falta de registro em carteira.

Foto: Reprodução/Redes Sociais