Oito dos 92 detidos pela polícia durante o protesto pelas melhorias no transporte, na sexta-feira, 25, continuam presos. Entre eles está o estudante Paulo Henrique Santiago dos Santos, de 24 anos, acusado de agredir o coronel Reynaldo Rossi.
O advogado de Santos, Guilherme Silveira Braga, afirma que o rapaz não participou do espancamento do coronel. "Ele foi acusado porque seu rosto aparece em uma foto em que rapazes estão agredindo o policial. Mas ele não participa da agressão", afirma. "Ele é inocente. Não é um black bloc. É aluno de Relações Internacionais, trabalha em uma multinacional e essa prisão está acabando com a vida dele." O advogado teve um pedido de liberdade provisória para o rapaz negado ontem, 27, pelo plantão judiciário da capital. Ele vai entrar com pedido de habeas corpus amanhã, 29.
Saiba mais:
Resposta. O Movimento Passe Livre divulgou ontem uma nota na internet sobre a Semana Nacional de Lutas pelo Transporte - a série de protestos que terminou na sexta com o confronto com a polícia. "Infelizmente essas manifestações acabaram publicadas nas páginas policiais. Não apoiamos o que aconteceu com o coronel da PM, mas também condenamos o atropelamento de manifestantes por um delegado no Grajaú na quarta-feira (23)". O texto cita outros casos de abusos cometidos pela polícia. Já as diversas páginas black blocs de São Paulo também comentaram o espancamento do coronel. Vídeos que mostram as agressões ao PM são editados de forma a mostrar cenas de policiais espancando pessoas na rua em outras manifestações. Os integrantes da página chamam a tentativa de linchamento de "reação" à violência policial desenvolvida nas manifestações de rua.