A queda no preço do café em 2013, que já acumula perdas de 30%, trás preocupação para o futuro da atividade em Minas Gerais. Todas as medidas adotadas até agora não surtiram efeito no mercado. Mesmo quem está segurando o estoque não tem fôlego para esperar por muito tempo, tendo que vender com prejuízo.
O produtor Sérgio Segantini Bronzi diz que há sacas de café em estoque, porém, o mercado está comprando apenas grãos de melhor qualidade. "É tanta oferta que o mercado está bem abastecido. Não conseguimos vender o café, e o preço está caindo a cada dia. O produtor precisa pagar as contas dos insumos do ano passado ainda. Estamos ficando descapitalizados e comprometendo a safra seguinte" diz Bronzi.
Preços baixos devem refletir nas próximas safras com a redução nos tratos culturais das lavouras. No Dia de Campo em Araguari, em Minas Gerais, técnicos e empresas buscam orientar e conquistar os cafeicultores com a proposta de reduzir a adubação química, aumentar o uso de produtos naturais e só aplicar o necessário.
Segundo o agrônomo, Roberto Yukawa, gestão de custos é a palavra de ordem. "Através de análise de solo, é preciso fazer as recomendações necessárias, reduzindo, principalmente, potássio e carga de nitrogênio que seria uréia sulfato de amônia. No caso de potássio é importante que a pessoa esteja consciente e faça uma racionalização dos custos, senão, não vai fechar as contas e, logicamente, a atividade vai estar comprometida", destaca Yukawa.
Fonte: Rural Br