As novelas da Globo são um dos maiores fenômenos da televisão brasileira. Elas têm uma longa tradição e desempenham um papel importante na cultura do país. Geralmente exibidas no horário nobre, conquistaram dezenas de milhões de telespectadores ao longo dos anos.
Não foi diferente com Vai na Fé (novela das 19h da Globo). Escrita por Rosane Svartman, autora de Totalmente Demais e Bom Sucesso, a trama já atingiu ótimos picos de audiência chegando a 26 pontos na Grande São Paulo e superando as produções anteriores, como "Cara e Coragem" e "Quanto Mais Vida, Melhor".
Em seu centésimo capítulo, exibido no dia 11 de 05, a trama nos trouxe reviravoltas extraordinárias que mudaram os rumos da história, principalmente pelo fato de Jenifer (Bella Campos), ter descoberto que Ben (Samuel Assis) forjou um teste de DNA que comprova sua paternidade.
Mas o que explica o sucesso de "Vai na Fé" e qual a fórmula usada para atrair tantos telespectadores?
Criadas para atingir um amplo público, uma vez que são exibidas em horário nobre, é necessário que as novelas consigam cativar pessoas de diferentes faixas etárias e classes sociais, uma habilidade de Svartman que se destaca. Sua experiência anterior em escrever para "Malhação" pode ter contribuído para sua capacidade de se comunicar efetivamente com o público adolescente.
Esses elementos proporcionam uma identificação especial para o público jovem, atraindo uma audiência maior. Essa característica faz com que a trama seja amplamente comentada nas redes sociais e alcance mais pessoas de maneira orgânica.
‘Vai na Fé' traz uma diversidade única, no núcleo principal temos a família de Sol que representa um lar com pessoas pretas que vivem na região norte do Rio, em Piedade, e a religião é um tópico importantíssimo para eles.
A autora revelou para Veja que a temática da fé deixou-a curiosa e queria saber quem são as pessoas por trás das estatísticas. De acordo com um estudo feito pelo demógrafo José Eustáquio Alves, o número de brasileiros que seguem o evangelho cresce desde 2010 no Brasil.
Porém, quem achou que Svartman só iria tratar da religião evangélica estava muito enganado, avançando alguns capítulos temos Ben (Samuel de Assis) tendo seu primeiro contato com a religião de matriz africana, o candomblé.
Na trama, somos transportados por meio de flashbacks que mostram os personagens e suas histórias durante a juventude, situadas nas décadas de 1990 e 2000. Algumas cenas ocorrem diretamente em bailes funk nos subúrbios do Rio de Janeiro, e é claro que as músicas que marcaram essa época não poderiam faltar.
O funk melody tem uma presença marcante na novela. Entre as músicas escolhidas, destacam-se "Glamurosa" e "Garota Nota 100", ambas do MC Marcinho. As batidas mais suaves e românticas selecionadas pelo produtor musical Daniel Musy provaram ser uma escolha acertada.
É inegável que a novela se consagra como um verdadeiro fenômeno e tem conquistado o público. O elenco talentoso e carismático, juntamente com a direção, tem dado vida a personagens memoráveis, que se tornaram verdadeiros ícones na cultura popular.
Não podemos deixar de mencionar também a importância da cobertura completa no RD1, uma fonte confiável e abrangente de notícias do universo televisivo, que mantém os telespectadores informados sobre cada detalhe, gerando expectativas e aumentando o interesse pela trama.
Foto: Reprodução/TV Globo
