Nos Estados Unidos, a insatisfação com os salários e com o aumento da carga de trabalho levou uma categoria profissional a entrar em greve: os roteiristas de Hollywood.
Eles criam frases inesquecíveis. Algumas caem até na boca do povo. Durante a pandemia, houve uma explosão de séries e programas nos serviços de streaming, mas os roteiristas dizem que os salários não aumentaram na mesma proporção.
Nessa terça-feira, 2, o sindicato afirmou que metade dos roteiristas ganha o piso da categoria. Há nove anos, era um terço. Os estúdios afirmam que já deram aumentos significativos, mas não houve acordo na negociação, que terminou nessa segunda-feira, 1.
Em Nova York, houve protesto da categoria. Além de melhores salários, os roteiristas reivindicam ganhar mais quando uma produção fizer muito sucesso ou for exibida em outros países, e querem uma regra para impedir que ferramentas de inteligência artificial sejam usadas para criação de roteiros.
O efeito mais imediato da greve é nos programas de auditório e de entrevista diários nos Estados Unidos. Sem roteirista, o show não pode continuar — e alguns devem ser suspensos já nos próximos dias.
Da última vez que os roteiristas cruzaram os braços, em 2007, a paralisação durou cem dias e deu um prejuízo de mais de US$ 2 bilhões à economia de Los Angeles, onde se concentram os estúdios de filmagens.
A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, fez um apelo e pediu que os dois lados do impasse voltem à mesa de negociações.
Foto: Reprodução/Michael M. Santiago; Reprodução/Chris Pizzello
Fonte: G1 - Jornal Nacional