Fotos: Tauan Alencar, Shutterstock
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta quarta-feira, 5, que a União, principal acionista e controladora da Petrobras, vai propor uma nova política de preços para a companhia visando ajudar “a combater perdas e solavancos inflacionários”.
Segundo o ministro, a ideia é que uma nova política de preços comece a ser discutida assim que tomarem posse todos os integrantes dos conselhos que dirigem a companhia, o que está previsto para o fim deste mês.
Mais cedo, em nota, a Petrobras reafirmou o compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado nacional, evitando o repasse imediato de volatilidades externas, provocadas por agentes conjunturais, bem como de oscilações da taxa de câmbio. A nota foi uma resposta indireta às declarações do ministro em entrevistas.
Opep
Alexandre Silveira defendeu um papel maior da Petrobras para evitar a alta volatilidade dos preços internacionais de combustíveis, e citou a recente decisão dos maiores produtores mundiais de petróleo, reunidos em torno da Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep).
No início da semana, a Opep anunciou corte na produção de cerca de 1 milhão de barris de petróleo por dia, após o preço do produto cair para a faixa de US$ 70. A medida vigora de maio até o fim do ano e deve elevar o preço do barril.
Derivados
O ministro também defendeu investimentos no parque de refino do petróleo no país para ampliar a autossuficiência em derivados, especialmente gasolina e óleo diesel. De acordo com Silveira, atualmente, o Brasil importa 13% da gasolina e 25% do diesel consumidos no mercado interno.
Silveira acrescentou que, para o governo federal, os custos de produção da Petrobras, balizados em real, não podem ser calculados em dólar, como a política de preços atual da empresa.
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Fonte: Agência Brasil