No mês em que é celebrado o Dia Internacional da Síndrome de Down - 21 de março -, a APAE (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais) de Franca destaca um projeto que nasceu há cerca de um ano voltado especificamente para esse público. São as aulas de judô com turmas para alunos com Down.
Os treinamentos acontecem duas vezes por semana e os encontros no tatame, acompanhados de músicas instrumentais para tranquilizar e melhorar a concentração, têm sido importantes para auxiliar os cuidados físicos, cognitivos e equilíbrio emocional dos participantes.
“O judô é uma filosofia oriental e a gente trabalha muito o respeito mútuo, a compreensão, a tolerância. Os ganhos são perceptíveis, vemos o afeto entre eles e a alegria que demonstram durante as aulas”, afirmou o educador físico Alex Fabiano Souza.
Com investimento na prática esportiva, a APAE de Franca marca presença em competições realizadas em todo o País, e os atendidos da instituição sempre se destacam. O judô é uma das modalidades incluídas em campeonatos estaduais e nacionais e o trabalho da instituição visa a representatividade da cidade nessa categoria também.
“Estamos em processo de lapidação do judô e a expectativa é alçar novos voos. Na APAE, recebemos total apoio da diretoria na parte desportiva, com a prática de diferentes modalidades, como o basquete, o futebol e o judô, o que nos permite desenvolver as habilidades dos alunos, explorando as suas potencialidades”, disse Alex.
O jovem Anderson Augusto Ferreira, de 20 anos, tem Síndrome de Down e é atendido pela APAE desde criança. Todos os dias ele frequenta a instituição, e as atividades esportivas fazem parte da sua rotina. “Gosto demais da parte de esportes aqui na APAE. Faço futebol, atletismo e judô, gosto muito dos treinos”.
Wilton Donizetti Romão Júnior é um dos 14 alunos da turma de judô Down masculino. De todas as modalidades com as quais tem contato na APAE, o judô, afirma ele, é o preferido. “Gosto dos treinos, acho a turma legal”.
A SÍNDROME DE DOWN
A Síndrome de Down também é conhecida como trissomia do cromossomo 21, pois se trata de uma alteração genética causada na divisão embrionária, que faz com que a pessoa tenha três ao invés de dois cromossomos no par 21. Essa alteração genética é marcada por características como olhos oblíquos, rosto arredondado, diminuição do tônus muscular e comprometimento intelectual. Os avanços na área de saúde têm permitido oferecer serviços especializados, proporcionando maior autonomia, e a inclusão escolar, social e profissional às pessoas com Síndrome de Down, como acontece nos atendimentos ofertados na APAE.